A atual gestão comemorou, no começo da semana passada, dois meses de trabalho, período ainda onde não pode fazer muitas cobranças e nem avaliações mais profundas. Dois meses, em termos de administração pública, pouco pode ser feito quando se fala e se pensa em ações de efeito imediato.
Quase tudo que é feito agora começa a ter efeitos depois. Ainda é preciso que a cidade entenda as decisões e as mudanças. Funciona quase como se fosse um antibiótico, que precisa de um período para apresentar resultados no combate a bactérias.
Os erros e acertos vão ficar expostos dentro de pouco tempo e será possível fazer uma avaliação mais comprometida da atual administração.
Porém, para que as coisas realmente andem e tenham efeitos mais rápidos e eficientes, é preciso uma maior aproximação entre poderes e governos.
O Poder Judiciário, por exemplo, deve trabalhar em harmonia nas cobranças e também nas parcerias que deverão ser colocadas de agora em diante. É importante que o Judiciário saiba o que está ocorrendo e cobre sempre a boa aplicabilidade das leis. O gestor municipal deve sempre participar dos debates com a Justiça e ajudar também na medida do possível.
O Poder Executivo, nas esferas federais e estaduais, deve começar a trabalhar mais próximos do governo municipal para o bem da cidade.
Muito dessa ação da aproximação depende mais do atual prefeito do que do governador e do presidente da República pois, constitucionalmente, os dois vão apoiar o município. No entanto, para ter ainda mais do Estado e governo federal é preciso ter um discurso afinado.
Se o nosso gestor municipal não chamar o governador e o presidente para apoiar a cidade e oferecer a eles a confiança para que passem a acreditar na cidade, os governos vão continuar trabalhando da forma mais distante e a cidade corre o risco de não ver o tão sonhado desenvolvimento pleno e absoluto.
O governador Blairo Maggi, por exemplo, reconheceu publicamente que está aberto a conversar com o prefeito. Pelo que deu a entender, as feridas de campanha são marcas do passado. Maggi foi bem claro em dizer que a conversa com Pátio não precisa nem de intermediários. O que resta agora é o dois sentarem à mesa e discutirem a cidade de forma honesta e ética e, a partir do momento em que isso ocorrer, ganha o governador, o prefeito e toda a população.