1- EIS SENHORAS E SENHORES
que mesmo que timidamente a campanha eleitoral está nas ruas, porém deve esquentar mesmo após a realização da Exposul. Isso ocorre por dois motivos, o principal é que a Exposul realmente tira o foco das eleições e o principal que quanto menos tempo durar a eleição mais barato fica o pleito para os candidatos.
O deputado estadual Sebastião Machado Resende (PR), um dos mais atuantes representantes de Rondonópolis no parlamento estadual, não deve subir no palanque de Ananias Filho (PR) nesta campanha. Tudo indica que o deputado deve manter uma postura de neutralidade e liberar os seus correligionários, inclusive para votar em Percival Muniz (PPS), se for o caso.
A postura do parlamentar, do mesmo partido de Ananias, mostra ainda que há algumas barreiras dentro do seu partido que o republicano ainda precisa romper. Porém, é sabido que o deputado tem relação direta com o PSC, partido em que muitos da base são ligados ao parlamentar e que está no arco de alianças de Percival Muniz, e este seria um dos motivos porque o parlamentar resolveu adotar essa postura de não pedir votos em Rondonópolis.
Por outro lado é preciso lembrar também que apesar de morar e viver em Rondonópolis, a cidade não é o “pé de pequi” em termos de votos do parlamentar, muito pelo contrário, Sebastião é um dos raros parlamentares de Mato Grosso que conta com votos em todas as regiões e cidades do Estado, graças ao seu trabalho e o apoio incondicional que recebe da igreja Assembleia de Deus.
O fato do deputado adotar a postura de neutralidade nesta campanha, ajuda e muito Percival Muniz que conta com votos de aliados de Sebastião.
O CASO DO DEPUTADO
Sebastião lembra muito do ex-prefeito Adilton Sachetti (PDT), que por enquanto prefere ficar distante da disputa em Rondonópolis e ver de longe a briga entre Ananias Filho, Percival Muniz e Juca Lemos. Sachetti se diz neutro por não querer apoiar Percival e, talvez, Sebastião fique neutro por não querer apoiar o principal adversário de Percival, o prefeito Ananias. Vale lembrar que o ex-prefeito está no PDT, partido da base de Percival, enquanto que Sebastião, como já foi dito neste espaço, está no PR, partido de Ananias.
POR OUTRO LADO,
outro fator que Percival tem usado a seu favor está no PMDB. O partido, pelo tamanho que tem em Rondonópolis, tem muitas dissidências e com certeza ele não blefa quando diz que tem muitos peemedebistas querendo aderir ao seu projeto.
A Coluna tem conversado com alguns filiados à sigla comandada pelo deputado federal Carlos Bezerra e, com certeza, há sim gente interessada em seguir com Percival.
O caso de Miguel Milane, que inclusive subiu no palanque de Percival na Vila Olinda, na última segunda-feira, não é isolado. Percival tem muita simpatia dentro do PMDB em razão da postura que adotou na campanha eleitoral de 2000, quando a sigla lançou Zé do Pátio para prefeito. O PMDB, que ocupava cargos estratégicos na gestão de Percival, foi mantido no governo até o último dia do mandato, mesmo tendo Pátio como candidato contra o aliado à época de Percival, o ex-prefeito Adilton Sachetti.
Naquela oportunidade, o próprio Miguel Milane decidiu apoiar Sachetti a pedido de Percival, ao invés do candidato do partido, Zé do Pátio. Apenas em 2008, quando Percival não foi candidato, que Milane apoiou Pátio contra Adilton, que tentava a reeleição.
2- O PDT PROGRAMOU
ontem, sábado, o ato de lançamento do candidato a vereador e presidente da sigla, o advogado Carlos Vanzeli. Para o ato, Vanzeli convidou as principais lideranças do partido na esfera estadual, como o senador Pedro Taques e o deputado estadual Zeca Viana, além do candidato a prefeito Percival Muniz e o vice Rogério Salles. A presença da cúpula do PDT no ato de Vanzeli gerou um mal-estar dentre os demais candidatos a vereador do partido, em razão de uma parcela deles também defender a presença do senador e de Viana em seus atos próprios. Um candidato disse à Coluna que o certo seria fazer um ato em conjunto com todos os líderes para o lançamento dos candidatos do PDT, até mesmo pelo fato da sigla ter apenas 11 candidatos a vereador. Esse candidato disse ainda que é quase impossível Viana e Taques estarem presentes em atos dos demais candidatos do partido.
Independente de Vanzeli, que é presidente da comissão provisória do PDT municipal, estar certo ou errado em promover um ato sozinho, há de se destacar que ele foi competente em trazer Viana e Taques ao seu encontro e, como a Coluna já disse, o senador é hoje a maior grife da política de Mato Grosso e com certeza já tem votos cativos no eleitorado de Rondonópolis, que poderão ser transferidos nestas eleições.
3- A PROXIMIDADE
do horário eleitoral gratuito começa a também a mexer com as campanhas. Percival Muniz apresentou o diretor do programa eleitoral dele, trata-se do publicitário da capital, Léo Stefan, que conta com 12 anos de experiência no mercado e sempre atendeu o governo com vídeos institucionais. O publicitário terá ao seu lado o jornalista J.C Patrício, o mentor da TV Bonitinha, aquela mesma que em 1996 ajudou a eleger o ex-prefeito Alberto de Carvalho, mostrando na época Rondonópolis como uma cidade linda e perfeita. Os dois terão pela frente mais tempo de televisão do que o marketing de Ananias. Percival terá 11:56:31 minutos para exibir as suas propostas de campanha. Os marqueteiros entendem que 10 minutos é o tempo ideal para se fazer um bom programa e sem muita enrolação.
JÁ O MARKETING DE ANANIAS
não será comandado exclusivamente por João Maria de Medeiros, o mesmo que foi de Adilton em 2004 e 2008, e de Blairo Maggi em 2002, mas terá também o Dácio Azevedo. João Maria atuará mais como consultor em razão de ter pego uma campanha para prefeito na cidade de Natal, onde mantém o seu escritório.
A primeira ação de Dácio na campanha de Ananias foi reescrever o jingle do ex-prefeito, que foi musicado pelo produtor da banda de axé baiana, Asa de Águia. Por outro lado, Dácio terá o tempo 11:09:16 para apresentar as propostas do candidato do PR.
