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Terezinha concede coletiva de imprensa antes da exoneração

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Terezinha Silva: “se tiver culpados o inquérito vai apontar. Quem sou eu para julgar?”

Antes de saber que seria exonerada pelo atual prefeito Ananias Filho (PR), a então presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva Souza, juntamente com seu advogado pessoal Algacyr Júnior, e do então assessor jurídico da autarquia, Célio Benjamim, que também foi exonerado, concedeu ontem pela manhã, uma coletiva à imprensa, onde prestou esclarecimentos a respeito do lançamento de esgoto in natura no Rio Vermelho.
Terezinha considerou constrangedor os últimos fatos noticiados pela imprensa e constatados pela população de Rondonópolis, contudo, admitiu os danos ambientais causados por conta do lançamento considerado ilegal. No entanto, ela afiançou que, em momento algum, se furtou de prestar esclarecimentos sobre o caso, inclusive ao Ministério Público. “Sei das minhas responsabilidades e eu jamais cometeria um crime ambiental, até porque meu compromisso vai além de ser diretora do Sanear, pois represento a região Centro-Oeste e Norte em uma comissão nacional do meio ambiente”, afirmou.
Terezinha lembrou que, no último dia 7, esteve com a promotora de justiça Joana Maria Bortoni Ninis, que atua na Defesa do Meio Ambiente, onde se colocou à disposição do Ministério Público para prestar todas as informações.
Em relação aos responsáveis pelo crime ambiental, ela disse que não tinha nada a declarar, pois estaria aguardando o resultado do inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso. “Não cabe a mim julgar quem é o responsável, até porque foi aberto um inquérito para apurar as responsabilidades mas, peço desculpa, de coração, à população de Rondonópolis”.
Terezinha negou que tenha “se escondido” da Polícia Civil quando foi acusada, na semana passada, de estar envolvida no flagrante de crime ambiental, se reportando ao momento em que o engenheiro do Sanear, Hermes Ávila de Castro, foi preso. “Eu estava fora da cidade quando houve o pedido de prisão preventiva do Júlio por parte do Ministério Público”, se referindo a Júlio Goulart, até ontem a tarde, diretor técnico do Sanear, que também foi exonerado pelo prefeito Ananias.
O advogado de Terezinha ainda ressaltou que, em nenhum momento, o Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva da então presidente do Sanear e ressaltou que a prisão de Hermes foi considerada ilegal pelo juiz da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis, Leomir Luvizon.
Sobre as ações de Hermes como engenheiro responsável pela autarquia, Terezinha disse que o servidor sempre buscou o melhor pelo município, especialmente se empenhando para a execução das obras do PAC I e PAC II. “É de conhecimento de todos que ele sempre trabalhou em prol do meio ambiente. Se tiver culpados o inquérito vai apontar. Quem sou eu para julgar?”, questionou.
Por fim, Terezinha assegurou que estão sendo tomadas todas as providências para reverter as consequências causadas pelo lançamento do esgoto. Ela afirmou ainda que o sistema de tratamento de esgoto que está em prática no município é o mesmo utilizando nos últimos 20 anos. “Tudo é muito precário ainda e não suportou o crescimento da cidade”. Mas, conforme Terezinha, com as obras do PAC I e PAC II o problema será sanado e o esgoto será tratado sem causar novos prejuízos ao meio ambiente.
Durante a coletiva, Terezinha ainda lembrou que na última sexta-feira (11), foi assinado pelo então prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB), juntamente com representantes do Sanear, o compromisso com o juiz da 4ª Vara Cível, de fazer imediatamente um tratamento bacteriológico do esgoto. Também ficou firmado que o lançamento de esgoto sem tratamento no Rio Vermelho será realizado apenas dentro dos limites aceitáveis, como já vinha antes e logo após as denúncias do MP.
Para isso, Terezinha contou que foi contratada uma empresa especializada no tratamento do esgoto. Essa mesma empresa vai realizar o monitoramento mensal do rio num raio de até 53 quilômetros. De acordo com a presidente do Sanear, essa empresa já teria, inclusive, feito a coleta das águas para análise com o objetivo de verificar as consequências do despejo incorreto.
Por fim, Terezinha confirmou também a informação repassada pelo juiz Leomir à imprensa na semana passada, sobre o acordo feito entre prefeitura, Sanear, Secretarias Estadual e Municipal de Meio Ambiente e uma empresa contratada pelo município para fiscalizar a execução das obras. Segundo o juiz, ficou combinado que um relatório mensal sobre a situação do Rio Vermelho e do tratamento do esgoto do município deverá ser apresentado mensalmente à 4ª Vara Cível e ao Ministério Público.
Vale lembrar que, conforme informações do próprio juiz, todos os acordos firmados entre o município e a justiça deverão ser assumidos pelo novo prefeito, como por exemplo, a confecção do relatório citado acima e o tratamento mais profundo do esgoto, antes de ser lançado no rio.

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