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Demora no atendimento do Samu é questionada

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A moto que estava sendo pilotada por Vagner Oliveira ficou com a parte dianteira completamente destruída. As causas do acidente estão sendo investigadas pela polícia
A moto que estava sendo pilotada por Vagner Oliveira (foto) ficou com a parte dianteira completamente destruída. As causas do acidente estão sendo investigadas pela polícia

O acidente aconteceu na madrugada de ontem (15), no cruzamento da Avenida Frei Servácio com a Rua Arnaldo Estevão, região central da cidade. As informações que constam no Boletim de Ocorrência (BO), são de que uma guarnição da Polícia Militar que trafegava pela Rua Arnaldo Estevão, na qual estavam o 2º Tenente Bispo e o Soldado Wellington, se deparou às 3h05 com a vítima, o estudante de Direito Vagner Oliveira Carvalho Souza, de 31 anos, caído ao lado direito da via, próximo à calçada, e que poucos metros à frente estava uma motocicleta Yamaha Factor, de cor roxa, também caída e com várias danificações. Os policiais relatam que Vagner estava de capacete e apresentava sinais vitais como contração do abdômen durante a respiração, a vítima sangrava pela boca e pelo nariz.
O relato ainda dá conta de que uma moradora tentou contato com o Serviço de atendimento Móvel de Urgência (Samu) às 3h07, mas não conseguiu completar a ligação. Às 3h17, a própria guarnição que também não conseguia realizar a ligação, entrou em contato com 190 da Polícia Militar, para que fosse informado aos atendentes do Samu sobre o acidente e a necessidade de socorro rápido, já que a vítima se encontrava em estado grave. A ambulância chegou ao local às 3h27, 20 minutos após a primeira tentativa de contato por parte da moradora. O Samu constatou o óbito de Vagner e o local foi isolado pela PM.
A guarnição da Polícia Militar ainda relatou no BO que entrou em contato com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e com a Polícia Judiciária Civil, seguindo o protocolo. A Politec compareceu ao local do acidente e realizou a coleta de informações, enquanto a Polícia Civil, contatada por duas vezes, conforme consta no BO, não se fez presente, alegando não dispor de efetivo. A motocicleta foi então levada pelos policiais para a 1ª Delegacia de Rondonópolis e o corpo da vítima encaminhado ao Instituto Médico Legal.
A reportagem falou com Paulo Victor Tavares, que testemunhou toda a situação. De acordo com Paulo, ele e mais 3 amigos passaram pela Arnaldo Estevão minutos após o acidente e no local estava somente a moradora que tentava contato com o Samu, todos tentaram ligar e não conseguiram completar a ligação. “Quando chegamos, o rapaz aparentava estar com vida, até se mexeu. Logo a Polícia chegou, todo mundo tentava ligar e ficava tocando apenas uma musiquinha”, conta Paulo.
As causas do acidente devem ser esclarecidas em um laudo da Politec que sai em 30 dias.
OUTRO LADO
O coordenador geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Rondonópolis, Israel Paniago, informou à reportagem do A TRIBUNA que assim que a informação sobre o acidente chegou ao 192, a equipe de socorro se deslocou para o local e chegou à ocorrência dentro do tempo de resposta do Samu na cidade, que é de 10 minutos. “Na verdade, o que aconteceu não foi uma demora em chegar ao local, mas para ficar sabendo da ocorrência.” Uma das hipóteses para essa demora em conseguir falar com o Samu, segundo ele, pode ter sido ocasionada pelo sistema de telefonia, que é de responsabilidade da operadora Oi Telecomunicações. “Enviamos uma notificação à Oi em busca de esclarecimentos sobre essa dificuldade das pessoas em falarem com o 192 para atender a vítima do acidente.”
Ainda de acordo com Israel, a coordenação enviou uma outra solicitação de informações, desta vez à empresa True, que é responsável pela administração do sistema de operação do Samu para verificar se houve algum problema com o sistema durante a madrugada, que possa ter dificultado a comunicação da população com o serviço. “Um laudo preliminar apontou que não houve queda ou falha no sistema, mas o laudo final será enviado para nós na sexta-feira”, completou Israel.
De acordo com informações levantadas pela equipe médica que atendeu Vagner, as fraturas foram múltiplas, com lesão grave na coluna e exposição de massa encefálica. “Dificilmente a situação poderia ter sido revertida pela equipe de atendimento, mas não justifica de forma alguma o que aconteceu. Vamos buscar respostas junto a Oi e a True para identificar qual foi o problema e assim tomarmos as medidas cabíveis”, finaliza Israel.
A reportagem do A TRIBUNA tentou contato com o comando da Polícia Judiciária Civil na região, de responsabilidade da delegada regional Divina Aparecida Vieira Martins, para apurar a informação relatada por policiais militares no boletim de ocorrência de que a Polícia Civil não compareceu ao local do acidente por falta de efetivo, mas fomos informados que ela está viajando.

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