Nas cicatrizes do amor que trago em meu peito,
vejo o reflexo de batalhas travadas outrora.
A dor que um dia se tornou minha dona e senhora,
são marcas que me lembram o passado com despeito.
O amor que um dia foi minha fonte de alegria,
agora se tornou feridas profundas e marcantes.
Mas também são lembranças de momentos vibrantes,
de amores intensos, cheios de nostalgia.
Estradas tortuosas e caminhos escuros,
foram esses os trajetos que percorri em vão,
sonhando encontrar um amor seguro.
As cicatrizes do amor não são motivo de vergonha,
pois elas me lembram que um dia fui capaz de amar,
tornando, assim, a vida mais divertida e menos enfadonha.
(*) Jorge Manoel é jornalista, professor, poeta e intérprete