(*) Brasilino da Silva
Era manhã fria de inverno território plano coração pleno das realizações
Pela estrada sentia flutuar nas emoções ainda pulsantes da quadra anterior
De virtudes como outras, frescor igual, mas louca nos mistérios da mulher
Mulher em tudo igual, mas de curiosidades e de tempos em tudo diferentes
Fenômeno que a fez especial como se gente não fosse problemas inexistiram
Sem problemas é viver e sentir a vida como dádiva dom de graça das graças
Das graças de serem par na felicidade em uma terra sem tempo e sem males
Este era o itinerário da lenda perfeita que reprisava como forma de perpetuar
Reminiscências
No plano da estrada
Pleno de significados
Sem querer distanciar recriava a ternura quente da deusa nos pensamentos
Linda, segura, livre, decidida e deslumbrante apenas por ter tempo para dar
Dar um tempo do seu tempo para tê-lo de volta cem por um milhão por mil
De volta a vida pedia voltar a viver a vida desbotada na aridez das atenções
Na saída uma fada madrinha carinhosa e compreensiva abençoou o conclave
Iniciado no dia anterior em tarde calma a deslisar entre coisas e ideias suaves
Histórias de vidas sem pressa de tempo passar porque havia paz e segurança
Tudo isto eram as companhias daquela viagem solitária, mas cheia de lembranças
Realizações que escapam da vida
Plenas de significado
Mas que se vão longe
No plano do tempo
(*) Brasilino José da Silva é poeta em Rondonópolis
