Está dando o que falar, por toda a Rondonópolis, o valor que vai custar para os cofres municipais a construção de 105 faixas elevadas. Como noticiou o A TRIBUNA ontem, o prefeito José Carlos do Pátio homologou processo de licitação para contratar a empresa que vai executar os serviços, que devem consumir a “bagatela” de mais de R$ 3,3 milhões.
Pelo valor destinado para construção das lombadas significa que cada uma delas deve custar ao município cerca de R$ 31 mil. Este montante considerado elevadíssimo fez surgir muitos questionamentos pelos munícipes pelos meios de comunicação.
Os questionamentos são, não só pelo valor considerado exorbitante, mas também sobre se houve algum tipo de estudo técnico para balizar a implantação dessas faixas elevadas em diversos pontos da cidade. Ou, mais uma vez, será tudo sem qualquer planejamento. O que é uma marca da administração municipal.
“Meu Deus do céu, quantos sacos de cimento se gasta para fazer uma faixa elevada. Com este valor aí, 31 mil reais, eu reformo minha casa todinha”, disse um morador assustado com o valor unitário que deve sair cada uma faixa elevada.
A empresa vencedora do processo licitatório foi a Eduardo de Queiroz Araújo Ltda., com o contrato previsto para seis meses, que é o prazo para a construção das 105 faixas.
Segundo consta no Edital da licitação, a maior parte das faixas será construída próxima à escolas, postos de saúde, unidades de saúde como UPA e policlínicas, bem como em algumas vias de grande circulação de veículos, como a rua José Barriga, avenida Goiânia e avenida Irmã Bernarda.
A justificativa do município para esse alto investimento na implantação das faixas elevadas é porque elas ampliam a visibilidade da travessia dos pedestres, além de contribuir para a redução da velocidade dos veículos em locais com grande fluxo.
Longe de discutir a eficácia das faixas para que tenhamos um trânsitos mais seguro, cabe é mais esclarecimentos sobre o que será feito por parte da Prefeitura, que até o presente momento não deu a devida divulgação de informações sobre este assunto, que está gerando muita polêmica em relação ao custo de mais de 3 milhões de reais, e, o pior, que fica longe de resolver a situação do caótico trânsito de Rondonópolis, praticamente sem qualquer fiscalização e orientação pelas nossas ruas e avenidas.
É preciso o prefeito Zé do Pátio quebrar o silêncio, pois só faz aumentar as dúvidas e as ilações sobre esse custo para execução do serviço e o seu real propósito.
