Partindo do princípio que as palavras convencem, mas são os exemplos que arrastam, como vivenciar o perdão se não aprendemos desde cedo que o perdão é divino e humanizador?
Na infância somos negligenciados quando o assunto é perdão, e quantas vezes sem a menor reparação dos adultos, adultos não pedem perdão, fomos obrigados a pedir desculpas sem saber o que de fato acontecia, apenas como ação de boas maneiras e para não envergonhar os nossos pais, ou seja, não era um valor e tão menos uma virtude.
Muitas vezes presenciávamos cenas adultas de discórdia, fofocas, brigas sem um arrependimento reparador. Em casa não se fala, não se expressa e não libera perdão e de forma silenciosa, um bloqueio vai se instaurando, uma via de difícil acesso perdoar ou pedir perdão. E por mais que saibamos o que deve ser feito, o bloqueio está logo ali, dentro de nós e o orgulho sobressai.
Cabe a cada adulto, transcender. Ninguém dá o que não possui, mas podemos correr atrás do que nos falta.
Independente da sua, da minha resposta, destravar o bloqueio, os conceitos errados que formamos a respeito do perdão nos ajuda a exercitar esse tão poderoso dom.
Perdão não é sentimento, é atitude, ação.
(*) Elaine Moraes é psicóloga clínica, especialista em Arte e Vida com Sentido (princípios logoterapeuticos), Orientadora de Pais pelo programa Educação e Parentalidade Encorajadora e apresentadora do Podcast Mentes Livres e Leves – @psielainemoraes