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EDITORIAL: Sequelas pós-Covid

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(Foto – Arquivo)

Quatro anos após o início da pandemia da covid-19, que já resultou, oficialmente, na morte de mais de 700 mil brasileiros, muitas perguntas ainda pairam sobre quais são as marcas deixadas por esta doença, que infectou milhões de brasileiros.

Para tentar desvendar esse enigma, ao longo destes quatro anos foram realizados vários estudos por cientistas e profissionais de saúde para tentar entender quais consequências que o vírus pode trazer para quem foi acometido pela doença, seja assintomático ou não.

Uma série de estudos divulgados ao longo destes últimos anos indicam a existência de sequelas que a doença pode deixar, ainda que não seja possível dizer se elas são temporárias ou perenes.

Já se sabe, por exemplo, que alguns sintomas podem persistir não apenas entre aqueles que tiveram casos mais graves da doença e que, além de danos nos pulmões, o coronavírus pode afetar o coração, os rins, os intestinos, o sistema vascular e até o cérebro.

No Brasil, cerca de 60% dos pacientes que testaram positivo para covid continuam com sintomas depois de três meses, segundo alguns levantamentos já divulgados.

Fadiga, dor, tontura, sudorese, calafrios, perda de peso, ansiedade, falta de atenção, alteração no sono, dor nas articulações, perda de memória, tosse, falta de ar e enxaqueca são algumas das sequelas mais comuns em sobreviventes de Covid-19.

Desta forma, vem em boa hora o amplo estudo conduzido pelo Ministério da Saúde que teve início nesta segunda-feira (11), conforme noticiou ontem o A TRIBUNA.

Denominado Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, o estudo encomendado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel) tem como objetivo levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid ou covid longa, classificadas como sequelas da doença.

Para isso, durante este mês de março serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença e que residem em 133 municípios brasileiros.

Este amplo levantamento será muito importante, pois, segundo o Ministério da Saúde, até o momento não existem estimativas nacionais sobre o impacto da doença a longo prazo.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 20% das pessoas infectadas, independentemente da gravidade do quadro, desenvolvem condições pós-covid.

Portanto, é nítida a necessidade de se continuar com as pesquisas e a produção científica sobre temáticas referentes à Covid-19, sobretudo pela sua constante evolução e, também, para se combater as desinformações geradas pelas fakenews que contaminam as redes sociais.

 

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