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O inglês das startups

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(*) by Jerry Mill

A tecnologia e a língua inglesa já fazem parte da nossa vida de uma forma tão absurda que uma grande parcela da população do planeta sequer percebe o quanto ambas são imprescindíveis no nosso dia a dia. Ou como uma está intrinsecamente atrelada à outra. Na saúde e na doença. Num casamento (quase) perfeito…

Um caso óbvio e (espero) fácil de ser compreendido é o das startups – ou startup companies, sua forma mais longa e menos conhecida. Embora seja amplamente reconhecido mundo afora, o termo da língua inglesa não costuma ser bem explicado e, por consequência, devidamente compreendido, em especial na porção atlântica da América do Sul.

Para variar, o termo surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, quando a internet estava apenas engatinhando como empreendimento civil. Na época, a intenção era definir as empresas recém-criadas com perfil ágil e inovador que apresentavam grande possibilidade de crescimento, faturamento e, por tabela, lucratividade. Em suma: alguns US citizens juntaram o verbo (no infinitivo) to start com o advérbio up e, there you are, substantivaram o conceito de “empresa que começa (e permanece) acima da concorrência”: uma startup company!

Entretanto, essas empresas, de certa forma, não fizeram mais do que reproduzir o percurso de gigantes do mercado como Microsoft, Apple, Facebook e Amazon, for example, que começaram em quartos, garagens ou lugares um pouco mais organizados, mas modestos. Isso quer dizer que, historicamente, as primeiras startups surgiram, na verdade, muitos anos antes, lá na década de 1970, quando a compra/venda/entrega de máquinas de todo tipo (e em especial de computadores) começou a se popularizar e a ser lucrativa.

No Brasil, surgiu uma ou outra empresa com esse perfil no final da década de 1990*, mas a moda das startups pegou de vez mesmo somente por volta de 2010. Quando chegou, porém, ela teve o efeito de um tsunami, inundando o mercado nacional com produtos e serviços digitais e tecnológicos que, não demorou, caíram no gosto popular. Resultado: menos de duas décadas depois, o que não falta é startup no Brasil (e no mundo), muitas delas viralizadas por causa da adoção de um ou outro termo em inglês. English matters, babe!

Na Terra Brasilis, este é o caso do iFood, da Stone, do C6 Bank, da Wild Life Studios, da Loft e da Hotmart, só para citar meia dúzia delas. A primeira é do ramo de entregas (ou delivery, se preferir); as duas a seguir são do segmento bancário/financeiro (ou banking/finance, se preferir); a quarta é uma empresa de jogos para dispositivos móveis (ou games, se preferir); a quinta atua no mercado imobiliário nacional (com ênfase no eixo Rio-São Paulo); e a sexta é uma plataforma inovadora de ensino à distância. Juntas, elas arrecadam vários milhões de reais diariamente, sendo cada uma delas uma referência em seu setor de atuação, e fazendo das English words (literalmente) a sua marca registrada.

Como deve ter dado para perceber, dear reader, essa história de startup pode te ajudar a aprender inglês e ainda tem muitos capítulos pela frente. Um dia, quem sabe, um deles pode incluir você ou a sua própria empresa, desde que a sua veia de empreendedor (ou empreendedora) fale mais alto que o seu medo (natural) de ao menos tentar a sorte no mercado – e de igualmente adotar palavras da English language no seu logo/banner ou na sua fachada, como já fizeram centenas de empresas ao longo dos últimos anos.

*Considerada a primeira startup de sucesso do Brasil, a Buscapé (buscape.com.br) surgiu em Santana da Parnaíba (SP) em 1999 e, segundo especialistas, continua ativa e lucrativa.

(*) JERRY MILL é presidente da ALCAA (Associação Livre de Cultura Anglo-Americana), membro-fundador da Academia Rondonopolitana de Letras (ARL) e associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis

 

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