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Rondonópolis
 
 

Você viu como se encontra o atual prédio do museu Rosa Bororo, que foi a 1ª prefeitura e a câmara municipal?

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(*) Wanderson Pereira

O Museu Rosa Bororo e o “Sistema de Museus em Rondonópolis”, foi criado pela Lei 1.482 de 25 de abril de 1988, pelo prefeito Dr. Fausto de Souza Farias. Mais tarde, o prédio da Av. Cuiabá, esquina com a Rua Arnaldo Estevão de Figueiredo, que fora a 1ª Prefeitura, construído logo após a emancipação política do município e, mais tarde, se tornou a Câmara Municipal de Rondonópolis, foi Tombado para o Patrimônio Histórico Municipal pelo Decreto nº 2.094 de 23 de junho de 1997, pelo prefeito Dr. Alberto Carvalho de Souza.

Desde 1988, professores e cidadãos de Rondonópolis se empenham pelo funcionamento do Museu Rosa Bororo, contudo, ao visitá-lo ficamos surpresos com a sua situação.

Ficou fechado por vários anos, na gestão do atual prefeito e reaberto nos últimos seis meses. Observou-se nesta visita, realizada em março de 2024, que as paredes estão desgastadas e rachadas, a pintura está se descascando em vários pontos. O telhado apresenta vazamentos, causando danos internos. As portas e janelas estão em péssimo estado, com vidros quebrados e fechaduras enferrujadas. O piso de madeira está apodrecendo e cedendo em alguns lugares. Assim, esta edificação TOMBADA PARA O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RONDONÓPOLIS NÃO TEM A MANUTENÇÃO DO PODER PÚBLICO.

Além dos problemas estruturais, o Museu Rosa Bororo também enfrenta dificuldades com a conservação e proteção de seus acervos, bem como, para a realização das suas exposições.

Os acervos são pequenos, mas, importantes para a História do Município que recém fez 70 anos, visto que detém alguns objetos que remetem uma temporalidade bem mais antiga, da pré-história com alguns artefatos arqueológicos até a contemporaneidade. Na visita mencionada, se observou objetos históricos, documentos e fotografias que contam a história da região, inclusive há alguns artefatos indígenas das etnias de Mato Grosso, entre eles uma pequena coleção do povo Boe-Bororo. No Museu se observou a dificuldade de implementação de medidas de preservação adequadas. O controle de umidade, temperatura e luz, essenciais para a conservação de objetos sensíveis, é precário.

A falta de recursos financeiros, compromete além do prédio e dos acervos, a equipe técnica. O MUSEU ROSA BORORO não tem equipe técnica interdisciplinar e concursada, conta com uma pessoa contratada para digitalizar o acervo, um estagiário e uma funcionária. Os três estão mantendo-o aberto, mesmo com toda precariedade e infiltrações.

Enfim, para enfrentar esses desafios, é necessário um investimento significativo na restauração e manutenção do prédio do Museu Rosa Bororo, bem como na melhoria das condições de conservação do acervo. Recursos financeiros, humanos e técnicos devem ser disponibilizados para garantir a integridade estrutural do museu e a preservação adequada de suas exposições. Além disso, parcerias com instituições de ensino, museus e centros de pesquisa podem promover o intercâmbio de conhecimentos e expertise na área de conservação e restauro.

O Museu Rosa Bororo é um tesouro histórico e cultural de Rondonópolis e merece ser preservado para as gerações futuras. A adoção de medidas de conservação e a conscientização sobre a importância desse patrimônio são essenciais para garantir sua sobrevivência e permitir que continue a contar a história e a cultura local.

Todos nós sabemos que dia 19 de abril se comemora o dia dos povos indígenas. No Museu, no mês de abril, será realizado um projeto a respeito dos povos indígenas, os Boe-Bororo. A exposição apresentará cartazes, explicações de formações de clãs, costumes, crenças e rituais. Convido a população a visitar o MUSEU ROSA BORORO neste mês e testemunhar os dados aqui apresentados.

(*) Wanderson Pereira Miranda é acadêmico do curso de História da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)

 

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