26.7 C
Rondonópolis
 
 

Princípios éticos entre o certo e o errado na economia e na política brasileira

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
(*) Ney Iared

Caros leitores, falar de ética nos tempos atuais, constitui um verdadeiro desafio a nossa capacidade de reflexão, haja vista que, a ética não deve ser foco tão somente a atos econômicos, mas sim a tudo o que fazemos e registramos em nossa vida, pois a certeza que temos que estamos aqui de passagem e, diante dessa grandeza, permanecemos um tempo relativamente curto nesse mundo.

Então, tudo que fizermos e/ou falarmos deve ser voltado para esse fato metafísico, portanto é importante ter sempre em mente os princípios éticos bem como seus valores morais.

Um ato econômico pode ser classificado do princípio ético, como sendo bom, neutro ou mal, isto é, como certo, neutro ou errado. O ato certo, seria comprar leite em pó e distribuir entre pessoas necessitadas, auxiliar outras em condições de vulnerabilidade ou vivendo em insuficiência alimentar que não têm dinheiro para comprar alimentos.

O errado seria comprar ou vender drogas. Já o neutro, seria comprar camisa, relógio, livro, estátua, ou vender sapato, caneta, sofá para alguém, etc. Em suma, os atos econômicos podem ser classificados como moralmente neutros. Acontece que para ética, devemos ter a obrigação de seguir os princípios éticos de natureza seja ela ética e/ou moral.

Embora, saibamos que a economia de mercado, no âmbito moral, seja superior a qualquer outro tipo de economia controlada pelo Estado, fica evidente que os mercados que fazem parte da economia, também deveriam ser éticos. Só que eles podem funcionar para o bem ou para o mal ou podem nem influenciar, sob o fazer o bem ou o mal, simplesmente podem serem neutros.

Sim, os mercados funcionam sempre. Por ironia, o mercado de cocaína funciona tão bem, quanto ao mercado de fraldas. Cocaína é uma coisa moralmente abjeta, comprar ou vender qualquer que seja a droga, é indefensável, além de estar contribuindo para alimentar o ilícito. Porém, comprar fraldas, é uma coisa boa, na perspectiva moral.

Apesar disso, tanto o mercado de drogas como o mercado de fraldas funcionam: se houver um aumento na demanda de cocaína, o preço dessa vai subir; da mesma maneira, se houver aumento na demanda de fraldas pelo fato de as pessoas passarem a ter mais filhos, o preço por conseguinte, vai ser maior. E se a oferta aumentar, tanto de drogas como de fraldas, ou de qualquer outro bem ou serviço, a tendência é o preço cair.

Então, vejam só como são importantes esses princípios éticos, uma sociedade que se guia tradicionalmente, como a ocidental, sobretudo pelo judaico-cristã, é diferente de uma sociedade onde prevalece o relativismo moral, porque no primeiro tipo de sociedade existe uma distinção clara entre o que é certo e o que é errado. Na segunda não, ou seja, tudo depende das circunstâncias, tudo é tido como relativo.

Ora, se tudo é relativo, qualquer coisa, em princípio, pode ser defensável. O relativismo moral é a confusão entre o certo e o errado, o que a gente sabe o que é certo, pode não ser tão certo assim e o que se sabe pela tradição que é errado, pode não ser tão errado assim, não existe meio termo.

Todavia, cabe a cada um de nós seguida pela justiça saber fazer suas escolhas e praticar o que é certo. Essa aceitação do errado como sendo certo e essa condenação do certo como podendo ser errado, pode gerar risco a toda uma sociedade. Ou seja, pode acabar com qualquer possibilidade de convivência social.

Em suma, os princípios éticos são relevantes, reflitamos senhores leitores sobre nisso, pois de natureza ética, não existe esse negócio de se comportar como um “camaleão”. Quem pratica uma ação, seja essa moralmente correta ou não, o faz por livre e espontâneo arbítrio. Enquanto, a sociedade ficar na zona sombria desse relativismo, nem a economia ou a política poderão cumprirem suas finalidades naturais e continuaremos “enxugando gelo”.

Lembremos que dos três sistemas sociais: o econômico, o político e o ético-moral, esse último é o mais importante, porque deve ser a base de todas as atividades sejam essas econômicas, políticas, religiosas ou culturais.

(*) Ney Iared Reynaldo é doutor em História da América Latina e docente Associado III, dos Cursos de História/ICHS/UFR e de Ciências Econômicas/FACAP/UFR. e-mail: [email protected]

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Eleições municipais: Ex-presidentes da Câmara ensaiam retorno

Pelo menos três ex-presidentes da Câmara Municipal têm projetos para retornar ao Legislativo nas eleições municipais deste ano, a...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img