Raul Seixas já dizia (cantava) para seu amigo Pedro “Vai pro seu trabalho todo dia, sem saber se é bom ou se é ruim”, fazendo alusão à vida sem sentido do amigo.
Não concordo com Raul, uma vez que ciente de que “tudo acaba onde começou”, ao contrário de Pedro, que se acomodou às normas e regras sociais, ele preenchia essa falta de sentido da vida só quando se sentia “no paraíso”.
Eu penso que a vida é muito mais que se adaptar como Pedro. Mas, ela nos oferece tantas possibilidades de externar nossos pensamentos, ideias, ideais, sonhos, projetos e nossa criatividade, que viver “no paraíso” também não é algo positivo, isto é, não passa de uma forma covarde para não encarar os desafios do cotidiano e crescer pessoal e profissionalmente.
Acomodação e alienação, portanto, são atitudes que negam a vida que, por si só, é uma dádiva que merece ser valorizada, vivida em toda a sua plenitude, o que significa não só estar sempre pronto para curtir os bons momentos, mas também estar atento e disposto a enfrentar os desafios, bem como a lutar por direitos à cidadania, o que pode trazer sentimentos positivos de vitória.
E, assim, entre comemorações e enfrentamentos a vida vai adquirindo sentido.
(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n° 10.
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Pedro “Vai pro seu trabalho todo dia, sem saber se é bom ou se é ruim” ,“tudo acaba onde começou”, só quando se sentia “no paraíso”