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, 16 maio 2024
 
 

A dificuldade deve ser pedagógica

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Eleri _UÉ lugar-comum afirmar que se aprende com as dificuldades. Contudo, sem propor qualquer lógica filosófica (até porque ela seria rasa diante do meu conhecimento nessa área) observar as organizações e a gestão sob essa ótica tem revelado grande utilidade aos empresários, principalmente em relação à competitividade e a inovação.

As dificuldades empresariais são de toda ordem, contudo o modo como somos capazes de percebê-los é que nos coloca em condições diferentes uns dos outros. Muitas vezes inclusive em posição de prevê-los, agindo proativamente, ao invés de reagindo a eles.

A pressão de seleção no ambiente empresarial, tido como concorrência, é um aspecto relevante na capacidade de inovação das organizações. Fato que as principais inovações da humanidade tem se dado em momentos de dificuldade rigorosa, permitindo com que o ser humano dê vazão máxima a sua capacidade de resolver problemas ou mesmo se colocando em atenção de sentinela para evitar desvios.

Contudo, é fundamental levar em consideração que todo o processo pode e, sempre que possível, deve ser intencionalmente direcionado para que as dificuldades gerenciais façam parte da estratégia da empresa.

Dito de outro modo, a gestão financeira a ser adotada por uma empresa que tem isso em mente pode contribuir significativamente para a gestão de custos, por exemplo. Ao tornar dificultosa a flexibilidade de recursos no caixa, dado que estão empenhados em ativos não disponíveis imediatamente, poderá fazer com que a austeridade nos controles seja maior.

Assim, um aspecto importante é que o esforço no sentido de aproveitar as dificuldades como um aspecto pedagógico para a empresa deve ser consciente, refletindo a prática, o interesse e por fim, a filosofia da empresa.

A título de exemplo, todas as empresas têm funcionários que encontram problemas em todos os lados. São ótimos em achá-los. Mas essa não é uma falha no seu desempenho. A questão é o que fazem quando os encontram.

A princípio me parece que há pelo menos cinco tipologias de colaboradores em relação aos problemas: primeiro os que não notam nada de errado, por isso são totalmente dispensáveis; segundo, os que ao encontrar, deixam-no exatamente onde e como o encontraram, temendo que o gestor os coloque para resolvê-lo; um terceiro grupo pertence àqueles que ao se defrontarem com um problema, cacarejam, espalhando o achado, tornando-o ainda maior do que já é, amplificando os prováveis danos e sempre que razoável, apontando possíveis culpados (nunca eles é claro); em quarto está um grupo diametralmente oposto ao anterior, pois busca soluções antes de torná-lo público, um avanço e tanto; e por fim, no quinto grupo há os que (treinados para isso ou não) procuram por problemas para que a empresa ou setor seja capaz de evoluir continua e antecipadamente e sempre que possível, oferecem alguma solução para o caso.

Por isso, as dificuldades podem ser amplamente pedagógicos e fomentar intensamente a inovação e a competitividade desde que a empresa consiga se ater aos exemplares do terceiro (com ressalvas e estratégias para mitigar a parte do comportamento nefasto), quarto e quinto grupos. Ou ainda desenvolver estratégias de interação e colaboração entre líderes e liderados.

Do ponto de vista do empreendedorismo ou da gestão de novos negócios é ponto pacífico que grandes dificuldades tem sido na prática o propulsor de novos empreendimentos tanto de produtos como de negócios.

Por isso é salutar que os gestores prestem bastante atenção aos acertos, mas deem o merecido destaque aos erros e às dificuldades, pois com eles há a possibilidade de fazer avanços incrementais (como um salto), muito difíceis de realizar normalmente pelo planejamento puro.

Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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1 COMENTÁRIO

  1. Gostaria de parabenizar a visão professore Eleri Hamer que, embora atue no ramo de gestão & negócios não perde de vista o quanto a pedagogia está presente em uma relação de trabalho. Parabéns professor. Como doutora em educação sinto-me feliz quando vejo um empresário que dá o devido valor aos fundamentos, métodos e técnicas da educação para garantir, inclusive, maior produtividade dentro de uma empresa.

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