Neste domingo, à noite, fiquei ouvindo atentamente o pronunciamento de despedida do Papa Francisco e, sem meias palavras, ele me impressionou muito pela sua simplicidade, mas muito mais pelo seu carisma e a força de suas palavras, as quais seus olhos refletem a verdade, a lisura e a vontade de contribuir efetivamente nas transformações que o mundo pós-moderno está requerendo.
Faz tempo que a expressão “Paz mundial e Justiça social” estava esquecida. Há algumas décadas, não passavam de palavras jogadas ao vento em concursos de beleza. Entretanto, agora, nós, povos de todo o mundo, de fronteiras intercontinentais tão diluídas pelo avanço tecnológico, informacional e científico podemos vislumbrar a chama da Fé, acesa no final deste túnel de democracia esquecida, de desigualdades sociais, políticas, econômicas, financeiras, educacionais, culturais e informacionais. Como o próprio Papa Francisco salientou: estamos extremamente atrasados neste processo de evolução humana que não concebe mais a fúria capitalista, egoísta e extremamente desumana de nossos políticos, de nossos gestores públicos, religiosos, educacionais, culturais e sociais.
Seguindo a filosofia papal, acredito firmemente em JOVENS REVOLUCIONÁRIOS capazes de transformar essa situação de miséria humana e abandono social que não suportamos mais em algo verdadeiro e significativo para o povo, para os peregrinos e não mais para seus dirigentes.
A mim também, me doe o coração em ver tanta gente apegada demasiadamente em dinheiro e em suas próprias ambições. Se o Papa é argentino e Deus é Brasileiro a Justiça Social será feita e não mais será preciso ouvir que o dinheiro é a coisa mais importante da vida. Dinheiro não é e nunca será o nosso bem maior. Dinheiro é bom, ajuda a organizar melhor nossas vidas, mas somente isso. O mais importante de tudo o dinheiro não compra: – a Vida Humana, a Natureza e a beleza inigualável de todos os seres vivos e de tudo que compõe nosso planeta. O dinheiro também não compra o Amor Transcendental, a Comunhão e a Paz Mundial.
Somente o dinheiro, como apregoa muitos gestores e dirigentes em nosso país, especificamente em lugares longínquos como é o caso de Rondonópolis, não fará ninguém feliz. Muito menos, o dinheiro será o único ingrediente no complexo desafio de formação humana e cidadã dos indivíduos, especialmente das crianças.
Que me escutem alguns dirigentes públicos municipais, nossas crianças, em fase de educação infantil e fundamental do ensino público não podem ser refém de maus educadores, de alguns diretores ou diretoras de escola que acreditam ser o capital financeiro a única herança de um povo. Não é senhores políticos, ainda mais, se o dinheiro público serve apenas para financiar suas farras individuais, sem nenhuma preocupação com o povo, herdeiros legítimos de tudo que há na terra.
Por isso, reconstruo minhas esperanças lançadas ao acaso pelos dirigentes inconsequentes. Também espero que os jovens tenham a força, a coragem e a fé para mudar este quadro de inconstâncias políticas, educacionais, sociais. De todas as ordens, em todos os cantos do mundo, mais especificamente do povo brasileiro.
Espero que os jovens saibam aproveitar a oportunidade e apoio da autoridade superior do planeta, o Papa. Este, sim, é o único representante divino, escolhido por humanos, que demonstra ser capaz de abrir seu coração e deixar transparecer em seus olhos a bondade e generosidade de seu ser.
As palavras do Papa Francisco foram como bálsamo em nossas feridas, rasgando a pele, em um grito uníssono de exaustão. Todos gritam, mas, nossos governantes não nos ouvem. Queira a Deus, que as palavras do Papa sejam mensagens fulminantes no coração de pedra desses políticos inconsequentes, insanos e destituídos de qualquer moral, ética e vergonha.
Políticos, partidários e gestores públicos que não sabem usar com decência e sabedoria o poder que o povo entrega a eles. Ao contrário, fazem do nosso dinheiro lamaçal, distribuição desordenada entre os seus cúmplices. No lema deles, o povo que se dane. Nós não queremos e não vamos nos danar, para que esses desordeiros, criminosos, corruptos continuem a se beneficiarem com o dinheiro alheio.
Quero começar a semana acreditando que meu desejo irá se concretizar e, gradativamente a mudança verdadeira acontecerá em nosso planeta, mais diretamente para o povo brasileiro e sofrido com este sistema político e capitalista selvagem, que só enxergam suas necessidades pessoais e íntimas.
Sob a ótica da solidariedade e um novo Brasil melhor, proclamamos à verdadeira mãe gentil, que acalenta seus filhos, a reinar, expurgando todos aqueles sem fé e sem amor ao próximo. E, que estes possam aprender a lição de Papa Francisco, – a lição de solidariedade, humildade, amor ao próximo e simplicidade. Todavia, bem longe dos cofres públicos.
Talvez, quem sabe, agora, com a visita do Papa Francisco e seu exemplo de simplicidade, a juventude não venha a ser de fato REVOLUCIONÁRIA, mudando definitivamente o curso da História e rompendo com esse lastro político de corrupção, hipocrisia e mensalões. Vamos seguir os conselhos de Sua Santidade, o papa Francisco. Então, “bota fé e a vida terá um sabor novo”… Que Deus abençoe Francisco e a todos nós também.
(*) EDILEUSA REGINA PENA DA SILVA – jornalista, relações públicas, mestre e doutora da federal mato-grossense, do Campus de Rondonópolis. Cristã, acima de tudo, e com muita fé no coração – Email – [email protected] ou [email protected].