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, 21 maio 2024
 
 

O mundo desaba sobre nossas cabeças

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“dezenas de bilhões de reais estão sendo gastos com as construções de estádios de futebol monumentais para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo de 2014. Nada contra, desde que houvesse a contrapartida na Saúde, Rodovias, Aeroportos, Saneamento Básico, Moradia, Postos de Trabalho, Educação...”
“dezenas de bilhões de reais estão sendo gastos com as construções de estádios de futebol monumentais para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo de 2014. Nada contra, desde que houvesse a contrapartida na Saúde, Rodovias, Aeroportos, Saneamento Básico, Moradia, Postos de Trabalho, Educação…”

Muitas vezes temos vontade de escrever fatos, dos mais diversos, que estão acontecendo pelo mundo e ao mesmo tempo me faço à pergunta se vale a pena. Criticamos, damos sugestões e nada, absolutamente nada acontece, nada muda. A maioria das pessoas está tão acostumada com os acontecimentos diários, alguns bons, outros nem tanto, mas em sua maioria o que existe de pior aflora na sociedade brasileira. Não existe, de fato, um chamamento geral para dar um basta nesses fatos que tanto nos fazem sofrer. Vozes isoladas existem, fazem denúncias, mas não encontram eco, pois são levadas pelos ventos contrários à razão, decência, honra e ética, mas o preço que pagamos é muito alto, com vidas humanas, humilhação e medo. Vivemos cada um por si e ilhados em meio à multidão, muitas vezes sem noção do perigo que corremos. O vizinho ao lado é, muitas vezes, um ilustre desconhecido, talvez com os mesmos problemas e medos que nós.
Na verdade, o banditismo está cada dia mais em evidência, comandam assaltos dos mais diversos de dentro das penitenciárias, como os incêndios de mais de uma centena de ônibus em Santa Catarina, ou os assassinatos de policiais no Estado de São Paulo e os assaltos a bancos pelo país com extrema violência, cujas ordens também partiram de dentro das cadeias, por membros do PCC e outras siglas malignas. Telefones celulares circulam ao bel prazer nas cadeias, sem que as autoridades sequer instalem bloqueadores dos mesmos e as revistas que acontecem não são rígidas o suficiente, caso contrário não entrariam drogas, armas, celulares, etc. nas penitenciárias.
Indo mais fundo na questão, nesse caldeirão de acontecimentos negativos e macabros, o cerne da questão são as drogas, a falta de apoio às comunidades carentes, educação, lazer, oportunidade de trabalho, permitindo o aliciamento de menores pelos traficantes, sabendo da impunidade dos menores de dezoito anos, ou quando cumpre pena é de apenas alguns meses e no máximo pode chegar a três anos de detenção em casa de custódia. Saem de lá “diplomados na escola do crime” e com ficha limpa, prontos para continuar a roubar, estuprar e matar. Nossas leis são obsoletas, fogem da realidade presente e, com isso, somos reféns e vítimas desses delinqüentes, que matam pelo simples prazer de matar. Centenas de famílias choram seus filhos e filhas assassinados, muitos deles brutalmente violentados e mortos, como também os acertos de conta entre traficantes, cujas mortes acontecem todos os dias. Além disso, o Congresso Nacional deixa a desejar mais preocupado em resolver problemas particulares e jamais em prol do povo que os elegeu. Não vivemos uma democracia de fato, mas sim um “estado de interesses” dos mais diversos, em prol de quem se encontra no poder, ou seja, no Congresso Nacional e no Executivo Federal, com suas dezenas de ministérios e secretarias.
A polícia, de modo geral, se sente impotente no combate aos mais diversos crimes. Falta material bélico adequado, como também veículos diversos à disposição. Policiais mal preparados e mal remunerados, melhor serviço de inteligência, como também psicológico, além de estrutura física adequada. O Estado deixa a desejar nesse setor de extrema necessidade, sem contar de outras prioridades que são deixadas de lado.
Dezenas de bilhões de reais estão sendo gastos com as construções de estádios de futebol monumentais para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo de 2014. Nada contra, desde que houvesse a contrapartida na Saúde, Rodovias, Aeroportos, Saneamento Básico, Moradia, Postos de Trabalho, Educação e assim por diante, mas estamos priorizando essas obras faraônicas única e exclusivamente para dois mega eventos, em que grupos multinacionais, com toda certeza, ganharão alguns bilhões de reais, pois são apadrinhados pela FIFA, cujo interesse é a arrecadação com exclusividade.
Enquanto isso, nossa gente morre nos corredores de hospitais sucateados, atendimento precário nos PSFs e Postos de Saúde, simplesmente por falta de verbas, ambulâncias, médicos, enfermeiros, medicamentos e procedimentos de alta complexidade. Mendigos e desocupados por toda cidade vindo de outros municípios e estados da Federação. Outro exemplo é a dengue no Estado de Mato Grosso que já matou diversas pessoas, cuja incidência aumenta ano após ano e o combate não é eficaz, cujos fatores são os mais diversos, pois se não nos conscientizarmos e unirmos nossas forças seremos vencidos para uns reles mosquitos.
Com a vinda da Ferrovia para a região, faltou logística quanto à duplicação das Rodovias BR-364 e 163, que já deveria estar pronta para atender ao enorme fluxo de carretas carregadas com soja, algodão, farelo e óleos por essas rodovias para a devida descarga nos terminais de Alto Araguaia, Alto Taquari, Itiquira e agora próximo a Rondonópolis, junto à rodovia BR-163. O caos está instalado por falta de planejamento. Os mesmos problemas se apresentam nos portos brasileiros, prejudicando enormemente as exportações e isso tudo significa aumento nos custos Brasil.
Mato Grosso é o maior produtor de soja, algodão e grande produtor de milho, açúcar e etanol, além de possuir o maior rebanho bovino do Brasil, no entanto as estadas federais são de 30 anos atrás e nada mais foi construído e, enquanto isso os agricultores e pecuaristas arregaçaram as mangas, expandiram em muito as suas lavouras e hoje pagam um preço elevado pela falta de reciprocidade dos governos federal e estadual. A agricultura e a pecuária são os negócios que alavancam o Estado e, em condições perfeitas poderemos dobrar a produção em cinco ou seis anos, pois somos capazes e detentores de modernas tecnologias, e isso tudo sem agredir o meio ambiente.

(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis  – E-mail: [email protected]

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