16.9 C
Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Já era tarde

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Pela janela eu vi a tempestade
Como corria, tocava nas folhas
Deixando-as no cio
Da magia.

Já era tarde
Ouvi os pingos da chuva
Em forma de gelo
Rolando na rua
Branco como um verme
Surfavam na enxurrada
Desse inverno, procurem meu terno.

Já era tarde
As folhas tremiam
E o vento soprava fatias de frio
Sentindo um vazio
Elas se abraçavam
Apenas pela metade
Quebrando toda timidez
Da intimidade.

Já era tarde
O inverno passou
E o verão chegou
Tão logo o sol apareceu
Fez uma visita beijou todas as folhas
Não fez nenhum alerta
Pois já não se via inverno
Uma morte tão certa
Sem agasalho,
Num galho.

Já era tarde
Ouvi o cantar do periquito
Queixando-se do sol
Que não conhecia chuva
Entendi o seu grito.
Hoje,
Nem árvores, nem folhas, nem pássaros
Somente a gente
Temente.
Desmataram a terra, desmataram a mente,
Se é essa ou aquela, indiferente
Mas quando abri minha janela
Já era tarde.

(*) Francisco Assis silva é Bombeiro Militar – Email: [email protected]

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