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Rondonópolis
, 17 maio 2024
 
 

Falsas caixinhas de presente

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O reflexo da educação bancária é a proposta da Lei 5692/71 da ditadura militar que criou a “Geração do Silêncio”. Essa geração tem uma capacidade muito grande de memorização, sobrando pouco espaço para o “eu”, o mundo  e o conhecimento adquirido, muitos talentos foram abafados e não floresceram.
Sentimo-nos parte disso quando nos vimos com dificuldade em modificar a metodologia de ensino, de trabalho, porque somos frutos da metodologia de pacotinho, do fragmentado, caixas, alienado, onde sentimos dificuldade de superar, de se readaptar a novos conceitos.
A quebra de paradigmas é violenta quando sequer, fomos ensinados e permitidos a demonstrar nossas emoções, afeto e sensibilidade. Consequentemente reflete na nossa prática pedagógica. Podemos citar o caso da nossa colega professora Letícia Romagna, quando numa atividade onde seus alunos deveriam desenvolver uma discussão, um debate, ao fim dessa aula bem sucedida onde a professora consegue que seus alunos reflitam, troquem ideias, um aluno questiona a falta de conteúdo no quadro, não reconhecendo a atividade desenvolvida como parte do conteúdo curricular, e não se viu construtor de seu conhecimento. Percebemos então que as dificuldades existem em ambos os lados.
Nessa construção de uma nova proposta de conhecimento, onde o aluno é agente ativo e não passivo, como Paulo Freire nos apresenta na “Concepção Bancária”, esbarramos na dificuldade em que grande parte das instituições de ensino organiza-se de forma impositiva, depositária, fragmentada, com a busca de resultados quantitativos continuando com uma ‘ideologia de opressão’. Então nos perguntamos: Como superar?
É preciso compreender hoje, como a juventude quer que o mundo seja. Ela quer atuar? Ela quer transformar? A população jovem não quer opressão, estimulada pelas mídias interativas e tecnológicas.
Isso se reflete nas nossas atividades profissionais que nos obrigam a sair das caixinhas, dos pacotinhos, desenvolvendo tanto no educando como no educador sua consciência crítica que permitirá a quebra do paradigma entre ambos, que será feita num processo de interação e mediação educador-educando.
A superação virá do exercício diário em reconhecer e aprender a conviver com os anseios e dificuldades da nova geração, construindo um diálogo para que através dele tanto o educador quanto o educando estabeleçam uma convivência que permitirá a construção do conhecimento baseado na interação, numa vivência sem hierarquias em que o fazer pedagógico será libertador.
Na caixinha de presente não haverá amarras, fronteiras, delimitações, mas somente o laço. O presente será uma geração aberta, crítica, sustentável, imbuída do mais alto espírito humanista.
Será que estamos sonhando?

(*) Autores: Cladis Maria Benincá, Daniella Louise Ramalho de Araújo, Fábio Henrique Lunkes, Letícia Palú, Letícia Romagna Gonzales e Wilson Sermanowicz,  acadêmicos de Pós-graduação Didática do Ensino Superior. Orientadora: Profª MS. Marildes Ferreira

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