31.7 C
Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Famílias, o mundo e o evangelho

- PUBLICIDADE -spot_img

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Quando paramos para refletir sobre as famílias, nos deparamos com mudanças tão aceleradas que nos causam espanto. Há menos de trinta anos, a família era vista como um dos pilares da sociedade na sua constituição de pai, mãe e filhos. Depois começaram a surgir mulheres com barrigas de aluguel, mulheres com produção independente de filhos, inseminações de toda natureza, pais que não assumem seus filhos, famílias formadas por pessoas do mesmo sexo, enfim, uma série de mudanças que têm provocado uma inversão nos valores da família.
Nas décadas de 70 e 80 predominavam brincadeiras coletivas tais como: jogar peteca, andar de bicicleta e de carrinho rolimã, fazer piqueniques na beira dos rios (rios de águas limpas), ouvir música nas radiolas, passear na praça, etc. Formas de lazer que tinham local e horário estabelecidos, mas que eram suficientes para que adolescentes e jovens se sentissem felizes. A maioria das famílias tinha um discurso de autoridade que era reforçado pela escola, por meio das aulas de Educação Moral e Cívica;  Organização Social e Política do Brasil e Ensino Religioso, o que auxiliava na formação de princípios sociais e morais e no respeito na relação entre as pessoas.
Contudo, no prenúncio do novo milênio, uma corrida tecnológica acelerada mostrou a inversão de valores proposta e imposta pelo capitalismo, numa fase que se assemelha à barbárie: o individualismo, a insegurança, o desamor, a incredulidade, a desobediência e um consumismo sem precedentes. Devido a esses fatores, num mundo em que poucos se tornam cada vez mais ricos e muitos cada vez mais pobres, o medo do espaço público está cada vez mais intenso. Para fugir do perigo das ruas,  estamos confinando e alienando nossos filhos no espaço do lar, numa  super proteção que nós mesmos não concordamos, pois ao ficar em casa, os filhos se limitam aos jogos de videogames (na maioria violentos); aos programas de televisão (que muitas vezes deseducam); a navegar na internet (que não conhecemos ao certo seus limites, posto que veicula todo tipo de informação e até incita à violência, à pedofilia, ao uso de drogas, à prostituição, etc),  enfim, acabam ficando expostos a uma cultura de morte e de desamor que gera tanto perigo quanto o de estar na rua.
Numa outra dimensão temos a proposta de uma vida de amor, de harmonia e  de paz, veiculada também pela mídia em vários canais e por várias igrejas com diferentes denominações religiosas. É uma proposta talvez menos atraente, num primeiro momento, mas que gera frutos maravilhosos e duradouros. É só observar a vida das famílias que realmente pautam suas vidas no Evangelho: aprendem a amar, a se respeitar, a ter confiança em si mesmos e nos outros, a se dedicar aos mais necessitados e acima de tudo, aprendem a viver em família. E o que é viver em família? Acreditamos que família não é apenas um grupo de pessoas que vive em determinado espaço, mas um grupo de pessoas que faz de um espaço um ambiente de partilha, de amor e de amizade, no qual cada um se preocupa com a felicidade do outro. O saudoso Padre Miguel Ortiz dizia nos casamentos que cada um deve se casar não para ser feliz, mas para fazer o outro feliz e temos testemunhado isso em muitos lares. Talvez o maior problema hoje é que muitas pessoas pensam apenas em si mesmas, em sua felicidade e assim não conseguem nem ser felizes, nem possibilitar que os outros o sejam. Diz uma parábola chinesa que o céu é como um monte de arroz rodeado por muitas pessoas, cada uma com palitos de dois metros de comprimento. Como percebem que não conseguirão alimentar-se sozinhas, cada uma coloca o arroz na boca de outra pessoa e assim todos ficam saciados. O inferno é também como um monte de arroz rodeado de pessoas famintas, com palitos de dois metros de comprimento, mas numa atitude egoísta, cada uma tenta trazer o arroz para a sua própria boca. O mesmo acontece em muitos lares… Cada um querendo ser feliz do seu jeito, sem respeitar e sem se importar com os outros. Nós do Movimento Familiar Cristão temos certeza de que o caminho para uma vida tranqüila, com paz e harmonia, só é possível quando vivenciamos os valores do Evangelho e caminhamos em sintonia com Jesus e com as pessoas que nos cercam. É caminhar com os pés no chão e o coração no coração do irmão…

(*) Cido, Dirceu, Flávio e Suely são membros do  MFC Sagrada Família – Paróquia Bom Pastor

- PUBLICIDADE -spot_img
- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Em 4 meses de 2024: Exportações locais ultrapassam 1 bilhão de dólares

Exportações de Rondonópolis atingem U$ 1.051,09 bilhão em quatro meses, com crescimento de 5,3% no ano. O montante mantém...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img