23.2 C
Rondonópolis
, 16 junho 2024
 
 

Responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, o tabaco mata 200 mil pessoas por ano no Brasil

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Em 2009, as entidades médicas, os órgãos governamentais e a comunidade não-fumante têm um motivo a mais para comemorar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio. No estado de São Paulo, o Governador José Serra sancionou em 7

de maio a lei antifumo, que proíbe o consumo de cigarros, charutos ou similares em quaisquer ambientes coletivos, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados. O Governo Federal, por sua vez, aumentou a taxação sobre o produto, gerando uma alta de 30% no valor final. A economia nacional ganha e a saúde da população também se beneficia.

“Esta série de medidas faz parte das estratégias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para combater o tabagismo nos países em desenvolvimento, aliadas às campanhas educativas”, pondera dr. Sérgio Ricardo Rodrigues de Almeida Santos, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

Na década de 1990, a OMS realizou estudos que demonstraram que 10% de aumento no preço final do cigarro equivale à redução de 3% no número de fumantes. Com o impacto nas finanças, a maioria dos consumidores de tabaco – no Brasil, 14,3% da população é tabagista – reduz ou interrompe o hábito de fumar.

“É importante ressaltar que a aprovação da lei e as outras ações governamentais restritivas ao fumo têm como objetivo a proteção da população contra os riscos advindos da exposição ao tabagismo passivo, que aumenta a chance de infarto em mais de 50% em não-fumantes, e à poluição tabágica ambiental (PTA). Sabemos que o risco de não-fumantes adoecerem por enfermidades tipicamente relacionadas ao cigarro cresce muito com a exposição à PTA. Isso sem falar da ampliação de mais de 20% para a possibilidade de câncer de pulmão e de todas as sérias repercussões à saúde da criança exposta ao fumo dos pais”, complementa dr. Gustavo Prado, diretor de assuntos científicos da SPPT, médico associado do Grupo de Cessação de Tabagismo da Disciplina de Pneumologia do InCor – HC – FMUSP.

Segundo a OMS, 4,9 milhões de pessoas – 10 mil por dia – morrem todos os anos no mundo por consequência de doenças relacionadas ao tabaco. A previsão não é animadora e mostra que esse número pode chegar a 10 milhões por volta de 2030.

PÚBLICO-ALVO

O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os adolescentes em todo o mundo. Isso se deve às facilidades e estímulos para obter o produto, entre eles o baixo custo. Boa parte das pessoas começa a fumar antes de completar 18 anos; quase um quarto delas faz uso do tabaco antes dos 10. Quanto mais cedo o jovem experimentar o cigarro, maior a propensão de adquirir o hábito e menores as possibilidades de largar o fumo. Entretanto, para combater o tabagismo nessa faixa etária, o reajuste de preço tem um impacto positivo, especialmente entre os fumantes de baixa renda.

“Um dos fatores que influenciam na compra do cigarro é a questão do preço. Jovens adultos, assim como a população de baixa renda, sentem o impacto em suas finanças e sentem-se motivados a abandonar o fumo”, argumenta dr. Sérgio.

AMBIENTES 100% LIVRES DE TABACO

Conforme a OMS, apenas 5% da população mundial vive em países que adotam medidas-chave para reduzir as taxas do tabagismo, como os ambientes 100% livres de fumo, o tratamento da dependência do tabaco, as advertências nas embalagens, as proibições de publicidade, promoção e patrocínio, além do aumento dos impostos. Hoje, o Brasil integra essas nações.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Pesquisa aponta pulverização no mercado de influenciadores digitais

Dados preliminares de uma pesquisa apresentada durante o Festival 3i, no Rio de Janeiro, revelam que o mercado de...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img