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, 11 maio 2024
 
 

Asma: de olho no inverno

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asma

Aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela asma. A sua prevalência varia conforme a região analisada em decorrência da interação de fatores genéticos e ambientais. Os casos sintomáticos, especialmente nesta época do ano, tendem a aumentar. As baixas temperaturas e a descontinuidade do tratamento no verão são alguns dos fatores. Por outro lado, o aumento do diagnóstico também parece estar relacionado com a maior conscientização da população e da classe médica, contribuindo para este panorama.
Segundo a dra. Regina Carvalho Pinto, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), manter a população informada sobre os sintomas e os cuidados para a prevenção da asma, assim como oferecer acesso gratuito aos medicamentos, são importantes para o controle efetivo da doença.
“A asma pode ser classificada quanto à gravidade e ao controle, auxiliando no planejamento do tratamento. Na maioria dos casos, há um componente alérgico que causa inflamação nos brônquios, dificultando a passagem de ar e levando a sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse. Pode ocorrer em adultos e idosos, mas na maioria dos casos os sintomas começam na infância”, explica a médica pneumologista.
Segundo a especialista, os sintomas da asma geralmente se manifestam na infância, podem cessar na adolescência e voltar na vida adulta. No entanto, há casos de aparecimento dos sintomas apenas na fase adulta, podendo cursar com maior gravidade da doença. Para o tratamento, é importante uma investigação dos fatores que contribuíram para o seu surgimento e evitá-los.
É importante ressaltar que a doença não tem cura, mas a grande maioria dos pacientes controla a doença com o tratamento, que compreende afastamento dos fatores que desencadeiam os sintomas e o uso de medicamentos broncodilatadores e corticoides, por via inalatória.

Asma ou bronquite?
A asma é equivocadamente chamada de bronquite por grande parte da população. No entanto, são duas doenças diferentes.
Ao contrário da bronquite crônica, a asma é uma doença com componente genético, desencadeada por uma série de fatores, principalmente o alérgico, em pessoas que já possuem essa predisposição. O contato com poeira, mofo, epitélio de animais, gases e vapores presentes no ambiente de trabalho e alguns medicamentos podem interferir no aparecimento da doença.
Já a bronquite crônica é uma doença pulmonar resultante da exposição constante a substâncias como fumaça de cigarro, queima da biomassa ou outros produtos químicos, levando à inflamação dos brônquios. Geralmente as células que participam dessa inflamação são diferentes das células da asma. Falta de ar e tosse com secreção (conhecida como pigarro) são algumas das consequências da doença.

Como diagnosticar?
A confirmação do diagnóstico é realizada através do exame de espirometria, que mede a capacidade pulmonar através de um sopro, explica a dra. Regina.
“Infelizmente ainda temos deficiência de disponibilidade do equipamento para atender toda a população. Há necessidade de equipar os serviços além de informar a população e os médicos sobre a importância de realizar o exame.”
O exame é rápido, indolor, não requer qualquer preparo mais específico e tem o resultado imediato. São raras as contra-indicações para realizá-lo, explica a médica.

Onde encontrar tratamento?
O Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe, por meio de um programa de distribuição gratuita, os medicamentos necessários para asmáticos. Na lista, estão inclusos corticóides e broncodilatadores, que podem ser retirados, com prescrição médica, em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Farmácia Popular e Programas de Medicamentos especiais. A obtenção de alguns destes medicamentos é realizada através do preenchimento de uma ficha cadastral pelo médico e entrega de cópia do exame de espirometria.

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