Os mexicanos sabiam por experiências anteriores que “sí, se puede”, conforme eles gritaram durante todo o jogo de ontem, no Castelão. Acostumado a encontrar dificuldades contra o México, o Brasil aumentou o seu estigma com um empate por 0 a 0 na segunda rodada do grupo A da Copa do Mundo. O resultado manteve as duas seleções igualadas na liderança, com 4 pontos cada.
Vindo de uma vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, o Brasil encontrou dificuldades para se posicionar com o meio-campista Ramires na vaga do atacante Hulk, com um incômodo na coxa esquerda, e levou alguns sustos do time que havia feito 1 a 0 sobre Camarões na estreia. No final, já com Bernard, Jô e Willian, tentou de todas as formas chegar ao gol. E parou na grande atuação do goleiro Ochoa.
Ainda invicto, mas sem 100% de aproveitamento, o Brasil jogará pela classificação às oitavas de final contra Camarões às 16 horas de segunda-feira, no Mané Garrincha, enquanto Croácia e México irão se enfrentar na Arena Pernambuco. Camaroneses e croatas completarão a segunda rodada da chave na noite desta quarta-feira, na Arena Amazônia (18 horas).
Luiz Felipe Scolari teve novamente o ambiente que queria para uma partida da Seleção Brasileira em Copa do Mundo. O já tradicional Hino Nacional cantado à capela se repetiu no Castelão, levando às lágrimas até alguns voluntários da Fifa. A ideia para o jogo contra o México, no entanto, era não repetir também o nervosismo dos primeiros minutos da vitória sobre a Croácia.
Não foi possível eliminar todos os sinais de ansiedade. A Seleção deu a saída antes mesmo da autorização do árbitro Cuneyt Cakir. Errou alguns passes no princípio do jogo e não se mostrou ambientada à entrada do meio-campista Ramires no lugar do atacante Hulk, poupado. Era tudo o que o México queria para sedimentar a sua fortaleza no Ceará e impedir a vitória brasileira.