Caso a situação não seja normalizada o quanto antes, pais prometem acionar o Ministério Público Estadual (MPE)
A rede municipal de educação teve ontem (20) mais um dia de problemas na zona rural devido a falta de transporte escolar. Apesar das escolas estarem aptas a iniciarem o ano letivo, que começou na verdade na última quinta-feira (15), algumas não tiveram aula por falta de alunos, que sem o transporte, não conseguiram comparecer às unidades. A situação deve se repetir hoje (21), já que o impasse entre a Prefeitura e a Cootermat, cooperativa que tem um contrato de gestão de frota escolar com o Município, ainda não foi solucionado. Assim, na Gleba Rio Vermelho, conforme noticiado na edição de ontem do Jornal A TRIBUNA, as aulas ainda não foram retomadas. A Associação de Moradores Nova Aliança procurou a Câmara Municipal de Vereadores, em busca do apoio da Casa para a solução do problema.
O presidente da Câmara Municipal, Rodrigo da Zaeli, que acompanha de perto os problemas na rede municipal de educação, informou à reportagem que os impedimentos de dívidas já foram solucionados pela Prefeitura na última sexta-feira (16), quando as notas foram quitadas, mas que o contrato entre a Cootermat e o Município está vencido. “Uma reunião vai acontecer amanhã [hoje, 20] na Prefeitura, com a presença dos vereadores, para buscar uma solução para essa situação. Não há como aceitar crianças fora da escola por falta de transporte”, disse Rodrigo.
A Cooperativa também informou que a paralisação das linhas escolares se deve à não renovação do contrato entre a Secretaria de Educação e a Cootermat. “A falta da renovação do contrato torna irregular todo o processo, momento em que a Cootermat não irá circular tais ônibus nas linhas escolares enquanto não houver regularização”, diz a nota.
O impasse para renovação do contrato vencido se dá pelo fato da cooperativa cobrar um reajuste nos valores para a compensação de aumentos de combustíveis, peças de manutenção, pneus, dentre outras, que não aconteceram enquanto o outro contrato estava vigente, segundo a Cootermat.
Já por parte da Prefeitura, a informação recebida por fontes é de que a gestão não concorda com os valores pagos e quer encerrar essa parceria. O prefeito José Carlos do Pátio disse à imprensa que, para reduzir os custos da Prefeitura, já enviou para Câmara Municipal um projeto onde deseja a autorização de um crédito suplementar que visa a compra de mais 30 ônibus. “Se conseguimos comprar esses novos veículos, a Prefeitura vai poder usar esse recurso que arca com os aluguéis dos ônibus para investir na qualidade da educação da rede municipal de ensino”, destacou o prefeito.
Porém, enquanto as partes não entram em acordo, as crianças e adolescentes da zona rural continuam sem ter como frequentar a escola. Os moradores da Gleba Rio Vermelho prometem, caso a situação não seja normalizada o quanto antes, acionarem o Ministério Público Estadual (MPE).
