Aumento da demanda na cidade e região e reduzida estrutura de atendimento fazem com que pessoas enfrentem filas
As pessoas que precisam tirar o seu primeiro documento de identidade ou tirar uma segunda via do mesmo devem reservar tempo e muita paciência, pois o órgão que emite os documentos funciona apenas no período da manhã e nas primeiras horas da madrugada já começam a se formar as longas filas de espera no local. O problema já é antigo e é agravado pelo período chuvoso, que causa ainda mais desconforto para as dezenas de pessoas que procuram o local diariamente e são obrigadas a se amontoarem para não se molharem no exíguo espaço disponibilizado para receber o cidadão.
Segundo a perita e coordenadora regional da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Ariadne Matos, o Posto de Identificação da cidade está funcionando normalmente, mas as filas são formadas devido ao grande número de pessoas que o procuram diariamente. “Isso tem a ver com o aumento de demanda nessa época do ano, quando os pais procuram fazer as identidades dos seus filhos para a matrícula nas escolas. É bom lembrar também que nós atendemos a população de todas as cidades da região”, informou.
Ainda de acordo com ela, outro motivo que contribui com a formação de filas de espera é o pequeno número de funcionários disponibilizados para o serviço. “Nós temos apenas dois funcionários efetivos e duas estagiárias para atender todo mundo que procura o posto. É muito pouco funcionário para o tanto de serviço que há”, emendou Ariadne Matos.
Ela ressaltou ainda que as estagiárias contratadas para auxiliar no órgão não podem realizar grande parte dos serviços, o que dificulta mais ainda no atendimento ágil das pessoas. “Nós precisávamos de ao menos seis funcionários efetivos aqui e um local com mais espaço para essas pessoas que nos procuram. Aqui é muito pequeno e não tem como oferecer conforto”.
A coordenadora da Politec observou que diariamente são atendidas cerca de 50 pessoas e que muitas das vezes não consegue atender todas aquelas que vão à unidade, obrigando essas pessoas a voltarem no dia seguinte. “As pessoas precisam entender que o trabalho que fazemos no posto não é um trabalho simples, que leva um tempo para ser feito, que exige muita responsabilidade”, disse.
Na sua opinião, o problema deve diminuir nos próximos dias, mas somente será resolvido em definitivo quando o órgão contar com uma sede mais ampla e um número maior de funcionários. “Há uma promessa de se construir um complexo de segurança onde hoje é o IML, que teria um espaço maior para o Posto de Identificação. Mas enquanto isso não acontece, a gente faz o que pode dentro das nossas limitações”, concluiu.
O Posto de Identificação funciona na Avenida Marechal Dutra, na região central da cidade.