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, 16 junho 2024
 
 

Empresário cuiabano também é interrogado pela juíza Selma Arruda

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Juíza Selma Arruda recebeu a denúncia - Foto: Site TJMT
Audiência foi conduzida pela juíza Selma Arruda – Foto: Site TJMT

Em audiência  conduzida pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, o empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, foi interrogado  ontem (21) na ação penal derivada da 4ª fase da Operação Sodoma. Esta fase apura esquema envolvendo uma desapropriação no valor de R$  31,7 milhões, em um terreno no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. Do valor total pago pela área, metade (R$ 15,8 milhões) teria retornado a título de propina para a organização criminosa liderada por Silval Barbosa (PMDB), que anteontem também foi interrogado pela magistrada.
Na ação, Alan Malouf é acusado de ter lavado um total de R$ 2,1 milhões do desvio, fato que foi corroborado na confissão do ex-secretário de Estado da Casa Civil, Pedro Nadaf. O ex-secretário contou ao MPE que a propina recebida por ele e pelo também ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves, teria sido lavada pelo empresário. Segundo as investigações, dos R$ 2,1 milhões lavados, R$ 1,5 milhão eram de Nadaf e o restante de Alves.
No interrogatório, todavia, Alan Malouf justificou que recebeu o valor a título de empréstimo, e que sequer pagou o montante. Ele também se negou a responder algumas perguntas feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE), sendo advertido pela juíza.
Alan Malouf afirmou à juíza que, a princípio, não sabia da existência do esquema e que os valores recebidos foram pelos serviços prestados pelo buffet no evento de posse de Silval. “Eu não sabia que o dinheiro era ilícito. Eu sei que o Estado pagava através de licitações, só que eu nunca fui contratado assim. Fui chamado pelo [ex-secretário] Eder Moraes, que disse que o ex-governador queria fazer um evento da posse e, naquele momento, o Éder disse que ia me pagar com verba de gabinete”.
“A festa era para mil pessoas, mas no dia havia mais de quatro mil pessoas. No total, recebi R$ 950 mil em duas vezes. Eu até desconfiava que não era dinheiro lícito, mas eu recebi, senão não receberia nada. Na época o Eder me disse que ia pagar em até três meses, mas não pagou”.
Alan Malouf negou que tenha lavado dinheiro para Nadaf e Arnaldo Alves e argumentou que os R$ 2,2 milhões recebidos foi a título de “empréstimo”
“Eu recebi R$ 1,6 milhão de Pedro Nadaf e R$ 600 mil do Arnaldo Alves. Me entregaram em vários cheques. Eu peguei esses valores emprestado com eles, o meu erro foi não ter feito nenhuma documentação. Eu estava necessitando do empréstimo e emprestei. Eu não paguei esse empréstimo. Em 2015, o Nadaf me procurou dizendo que queria receber e eu disse que não tinha o valor naquele momento. Falei para ele que tinha uns imóveis, mas ele disse que não o interessava. Então não foi pago”.

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