Valdir Farinha garante que, desde maio último, o prefeito já tem em mãos o resultado da auditoria, que teria sido concluída sem indícios de irregularidades
O presidente do Conselho de Segurança Pública (Conseg) da área central de Rondonópolis, o comerciante Valdir Aparecido Pereira Farinha, o Valdir Farinha, declarou ontem durante visita ao A TRIBUNA, que o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) não tem desculpas para não efetivar o pagamento de mais de seis meses de contrato que estão em atraso (sendo R$ 197 mil/mês), à empresa de serviços semafóricos, pois a auditoria do contrato que o prefeito usa como artifício para não efetivar o pagamento dos serviços, segundo Valdir Farinha, já foi concluída no mês de maio.
“Tive acesso a documentos da Prefeitura de Rondonópolis e um memorando da Procuradoria Geral do Município que relata que a auditoria foi concluída sem indícios de irregularidades. Inclusive, com recomendação para que fosse dado prosseguimento à execução do contrato em todos os termos, cumprindo fielmente o que determina a lei das licitações e as suas cláusulas”, explicou Farinha.
De acordo com o presidente do Conseg, o quadrilátero central de Rondonópolis está um verdadeiro caos por conta dos constantes defeitos que vêm apresentando os semáforos. “Isso tem ocasionado o aumento do índice de acidentes na cidade”, alerta.
Ontem, em reportagem do A TRIBUNA, diferente da informação repassada pelo presidente do Conseg, o prefeito Zé Carlos do Pátio informou que os dois contratos, um de R$ 197 mil/mês para serviços semafóricos e outro de R$ 180 mil/mês para manutenção do sistema de fiscalização eletrônica, como radares e lombadas eletrônicas, estão sendo auditados e os pagamentos não serão efetivados até que se tenha o resultado das auditorias.
Ambos os contratos foram celebrados com a Prefeitura de Rondonópolis pelo ex-prefeito Percival Muniz (PPS). Ouvidos pela reportagem, o procurador geral do município Anderson Godoi e o secretário de Trânsito Rodrigo Metello não souberam informar se o prefeito tinha conhecimento do resultado da auditoria concluída antes do dia 30 de maio, como afirma Valdir Farinha.