Vacina da gripe não é liberada à população na cidade

Embora o Ministério da Saúde tenha feito, na última sexta-feira (2), o anúncio de que a vacinação contra a gripe estaria liberada a partir de ontem (5) para toda a população, e não somente para os grupos considerados prioritários, a realidade nos postos de saúde de Rondonópolis e de cidades de vários estados é bem diferente do que a divulgada.
Apesar do anúncio de 10 milhões de doses restantes para imunizar a população do País, ao menos em Mato Grosso novas doses não foram recebidas, e o que existe até o momento são as doses que foram enviadas no início da campanha, para atender os grupos prioritários.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou que vai manter o calendário de vacinação para os grupos de risco até a próxima sexta-feira (9), pelo fato da vacinação nos grupos prioritários ainda não ter atingido as metas no Estado. O Município de Rondonópolis também seguirá a recomendação do Estado.
Na manhã de ontem, houve muita movimentação nos postos de saúde da cidade, com muitas pessoas buscando a vacina já que o anúncio foi feito de modo oficial pelo ministro Ricardo Barros. Conforme explicou uma das enfermeiras responsáveis pelo setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Magda Rosa, o município ainda busca atender os grupos prioritários de vacinação, já que no caso das gestantes e das crianças de seis meses a cinco anos, a meta de imunizar 90% do público ainda não foi atingida.
Existem doses reservadas também para as crianças de 0 a 6 meses, que tomam a vacina de 5ml de forma dividida, sendo metade da dose num primeiro momento, e a 2ª dose com o restante dos 5ml após um mês. “Claro que a nossa vontade é a de vacinar toda a população, estamos inclusive preparados para, caso novas doses cheguem, todas as unidades iniciarem a vacinação de forma instantânea. Porém, a realidade por enquanto é essa, temos poucas doses restantes da campanha, para imunizar o grupo prioritário”, explicou Magda.
Podem se vacinar até sexta-feira (9) pessoas com idades a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade (o que inclui adolescentes em medidas socioeducativas) e os funcionários do sistema prisional.
Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Somente após o término da campanha o Município deve fazer um levantamento de doses restantes em toda a rede.