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Médica questiona utilidade de exame de tipo sanguíneo em escolas

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Médica pediatra Virgínia Beatriz de Resende Silva: “é algo totalmente desnecessário, que não tem cabimento!”
Médica pediatra Virgínia Beatriz de Resende Silva: “é algo totalmente desnecessário, que não tem cabimento!”

A médica pediatra Virgínia Beatriz de Resende Silva é mais uma profissional de Rondonópolis que está revoltada com a lei estadual que exige a realização de exame de tipagem sanguínea e fator RH para matrícula e rematrícula de crianças em unidades escolares, tanto da rede pública como da particular de Mato Grosso. Ela questiona a utilidade prática da referida lei em casos de urgência, trazendo apenas transtornos às famílias e gastos ao poder público.
“Essa é uma lei de uma deputada estadual chamada Luciane Bezerra, que não tem o menor fundamento, a menor explicação, a menor necessidade… Um país falido, como o nosso, que não tem dinheiro para saúde, para fazer todos os exames necessários quando o paciente está realmente doente, para um diagnóstico, ficar ficando gastando com tipagem sanguínea para matricular uma criança na escola!!??”, externou.
Virgínia faz o questionamento da existência dessa lei em um momento de matrículas na rede de ensino. Ela atesta que, mais uma vez, muitos pais estão ficando na fila de postos de saúde, até madrugando, para pegar pedido de exame de tipagem sanguínea, ocupando vaga de alguém em estado mais grave, ou mesmo pagando para realizá-lo em clínicas particulares. No caso da realização do exame na rede pública, aponta para a oneração da Prefeitura.
Para exemplificar a falta de necessidade desse exame, a médica aponta que, caso alguma criança se fira gravemente na escola, ao chegar em um hospital, nenhum profissional fará transfusão de sangue confiando, se valendo, das informações da ficha da escola. “É lógico que terá de ser feito um novo exame!”, aponta Virgínia. “É algo totalmente desnecessário, que não tem cabimento!”, reforça a médica.
Essa não é a primeira vez que a referida lei é questionada por profissionais da saúde em Rondonópolis, mas, mesmo assim, nada mudou desde então. Diante da situação, Virgínia entende que os vereadores locais devem se mobilizar junto aos parlamentares estaduais para promover as mudanças necessárias na lei, com a retirada da obrigatoriedade da realização desse tipo de exame para matrículas escolares.
A exigência desse tipo de exame para matrícula nas escolas em Mato Grosso está prevista na lei estadual 9.905, de maio de 2013, de autoria da deputada Luciane Bezerra e sancionada pelo ex-governador Silval Barbosa.

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