O pátio da 1ª Delegacia de Polícia de Rondonópolis (antigo Cisc), que deveria ser um estacionamento para os servidores que atuam na unidade, bem como local para chegada de viaturas com presos detidos em flagrante, se tornou um grande depósito de veículos e criadouro do mosquito Aedes aegypti. A situação tem preocupado os moradores que vivem próximo a Delegacia, os profissionais que trabalham na unidade e a população que precisa dos serviços oferecidos e também está à mercê da situação. Basta permanecer apenas alguns minutos no local, que já é possível notar a presença de muitos mosquitos. A situação deixou de ser um problema da segurança pública, e se tornou de saúde pública.
A Vigilância Epidemiológica do Município de Rondonópolis já tentou maneiras de solucionar o problema, inclusive já denunciando a situação para o Ministério Público, mas até o momento a situação é a mesma, e o Estado de Mato Grosso, que deveria dar o exemplo no combate ao Aedes aegypti, segue colocando servidores e população em risco. Os veículos que se encontram no pátio são fruto de apreensões em que há crime envolvido, por isso, não podem simplesmente serem descartados sem que os inquéritos policiais e processos sejam finalizados. Porém, existem veículos que estão no local há anos. A situação do pátio, que já não era das melhores, piorou após a desativação do pátio que abrigava os veículos da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que foram levados para a 1ª DP.
O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, em visita ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, protocolou ontem formalmente solicitação de parceria para dar andamento à liberação dos automóveis sucateados. De acordo com o secretário, em 2015 foram prensados 6 mil sucatas em todo o Estado, e em 2016 pouco mais de 6 mil. O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, informou que os magistrados do Poder Judiciário de Mato Grosso devem receber em breve orientação para dar atenção especial aos processos que tem como objeto automóveis que estão parados nos pátios das delegacias, aguardando liberação para prensagem. Enquanto a situação não se resolve, quem trabalha na 1ª DP abusa do repelente e conta com a sorte.
