Quase concluindo a segunda semana de gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), o problema dos ecopontos de Rondonópolis, considerado entre os de maior urgência a serem resolvidos, continua incomodando muito moradores de diversos bairros. Na manhã de ontem (11), foi a vez do ecoponto do bairro Sagrada Família registrar um incêndio. A fumaça incomodou moradores não só do bairro, como de outras localidades, como empresas instaladas na Avenida Governador Júlio José de Campos e os bairros Cidade Alta e Jardim Iguaçu. No ecoponto citado, o lixo acumulado já atingiu diversas ruas ao redor e a situação para quem vive ao lado dele é caótica.
No Jardim Ebenezer, que na semana passada ficou por dias debaixo de fumaça devido a um grande incêndio, o lixo não foi retirado do local até hoje, e a população continua utilizando o local para o despejo de entulhos e até lixo doméstico. O material já está próximo a porta das residências, e as pessoas são obrigadas a morar praticamente ao lado de um lixão. Rondonópolis tem hoje quatro ecopontos, sendo no Jardim Ana Carla, Jardim Europa, Parque Sagrada Família e Jardim Ebenezer, e todos estão abarrotados de todo tipo de lixo e causando diversos problemas para os moradores que vivem próximos desses locais.
SEM PREVISÃO DE LIMPEZA
Essas áreas são de responsabilidade do Município e, por meio de contrato, a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) realizava o serviço. Com o vencimento do contrato, a gestão anterior não fez a renovação, sendo o problema herdado pela atual administração, que avaliou que os locais não são limpos há, pelo menos, três meses. Contudo, ainda não existe uma previsão para que o problema seja solucionado. O presidente da Coder, José Severino Neto, informou que a Prefeitura ainda espera a abertura do orçamento, para então fazer um novo contrato com a companhia. Questionado se não seria o caso de um serviço de limpeza emergencial, o presidente respondeu que, caso faça o mesmo sem contrato, pode responder ao Ministério Público futuramente. Já a Prefeitura não sinalizou nenhuma ação emergencial nos ecopontos e a situação deve perdurar.
ECOPONTOS
Criados para receber pequenos volumes de resíduos/entulhos doméstico s, para evitar que os mesmos fossem jogados em terrenos baldios, ruas ou áreas de preservação ambiental, os ecopontos acabaram se tornando verdadeiros lixões dentro da cidade, onde todo tipo de material, incluindo lixo orgânico e animais mortos, são depositados. Além do mau cheiro, os animais peçonhentos e os criadouros do mosquito da dengue são as maiores preocupações.
