Se no setor privado as obras comumente não apresentam problemas em Rondonópolis, a situação é bem diferente no setor público. São inúmeras as obras ou projetos de benfeitorias públicas paradas ou inconclusas na cidade. No término de mais um ano, fica o ensejo que essas obras possam enfim ser retomadas ou iniciadas ao longo de 2017, como direito dos cidadãos rondonopolitanos. Nesta edição especial, o Jornal A TRIBUNA elenca as principais obras públicas que carecem de atenção e da sua devida concretização. Confira:
DUPLICAÇÃO DA BR-364
Principal artéria rodoviária de Rondonópolis, a BR-364/163 faz parte da vida dos rondonopolitanos. Contudo, o sonho de ter essa via totalmente duplicada no trajeto até Cuiabá vem se postergando por anos. O desejo é que os trechos com obras de duplicação atualmente parados possam ser retomados no próximo ano. Atualmente o único trecho com obras de duplicação em andamento fica entre Jaciara e o começo da Serra de São Vicente. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vem fazendo tratativas para que os trechos entre Rondonópolis/Jaciara e Serra de São Vicente/Cuiabá possam ter as obras de duplicação retomadas, a partir do começo desse novo ano, com a substituição de empresas que lideram os respectivos consórcios.
PARQUE DA SERIEMA
O Parque da Seriema, na Vila Goulart, é um dos maiores projetos ambientais e de lazer do município. A atual gestão (2013/2016) fez a aquisição da área, cerca de 125 hectares, e agora, para que haja o devido uso pela população, o projeto de estruturação precisará de ter continuidade na administração do prefeito eleito Zé Carlos do Pátio. Para isso, o ponto favorável é a existência de cerca de R$ 7 milhões no Fundo Municipal do Meio Ambiente para o projeto, disponíveis para obras de infraestrutura nas áreas já desapropriadas para o Parque da Seriema. O projeto inicial contempla espaços de lazer, esportes, pistas de caminhada, lago, entre outros. As estruturas a serem implantadas agora dependeram da nova visão do prefeito eleito para o projeto.
PONTE SOBRE O RIO VERMELHO NA W-11
Anunciada no final de 2014, trata-se da construção de uma outra ponte sobre o Rio Vermelho na continuação da Avenida W-11, localizada ao lado do Residencial Terra Nova, que servirá como uma extensão do tráfego de veículos, inclusive carretas, que vem do Anel Viário, bem como bairros da região do Sagrada Família, até as BRs 364 e 163. A obra estava orçada, na época, em cerca de R$ 10,5 milhões. A execução do projeto dessa nova ponte é de responsabilidade do Governo do Estado. Inclusive, o prefeito eleito Zé Carlos do Pátio articulou, em recente reunião, junto ao governador Pedro Taques a execução dessa nova ponte para a cidade.
CANALIZAÇÃO DO CÓRREGO CANIVETE
O projeto de canalização do Córrego Canivete é uma das importantes obras de infraestrutura em Rondonópolis, mas está paralisado nos últimos anos. A canalização do córrego se arrasta desde 2010, quando foi dada a primeira ordem de serviço para o projeto. Agora o Governo do Estado fez uma nova licitação e emitiu, desde outubro deste ano de 2016, a ordem de início de serviço da obra. Com isso, a esperança é que a empresa vencedora da licitação inicie as obras o mais rápido possível. O valor a ser investido no serviço é de R$ 13.417.480,17. A empresa contratada terá de executar serviços de canalização com pedra argamassada no córrego, pavimentação asfáltica tipo TSD com capa selante e galerias de águas pluviais nas ruas adjacentes. A canalização do Córrego Canivete se faz necessária para evitar alagamentos de várias moradias nos bairros por onde passa, como Jardim Tropical, Vila Ipê, Luz D’Yara, entre outros.
PARQUES DO ESCONDIDINHO E DAS MANGUEIRAS
Após muitos problemas nos últimos anos, espera-se que o Parque das Mangueiras, no Jardim Primavera, e o Parque do Escondidinho, no Parque Universitário, tenham obras de estruturação a partir do próximo ano. As obras desses dois parques estão paradas atualmente e, segundo o prefeito eleito, esses projetos estão passando por uma reprogramação da Caixa Econômica Federal para que possam ser feitas novas licitações e, posteriormente, retomadas. O Parque do Escondidinho contava inicialmente com orçamento de quase R$ 4 milhões. O Parque das Mangueiras estava orçado em cera de R$ 2,8 milhões. Ambos contemplam espaços de esporte, lazer, atividade física, contemplação, segurança e infraestrutura.
RESIDENCIAL CELINA BEZERRA
A execução do residencial Celina Bezerra, um dos maiores do Estado, localizado na região do Grande Conquista, em Rondonópolis, vem enfrentando contratempos. Ao todo são 2.592 casas previstas na primeira etapa. Duas empresas foram contratadas para essa primeira etapa do Celina Bezerra, sendo que uma delas faliu (a Aurora) e a outra (a Ávida) vem enfrentando problemas com a demora para pagamento das medições por parte do Governo Federal. O serviço da Ávida, com 1.140 apartamentos, está bastante moroso em consequência disso. É um residencial voltado para famílias de baixa renda, construído em blocos verticais de 04 andares, com 04 apartamentos por andar. Em uma segunda etapa, o projeto inicialmente prevê a construção de mais 1.438 apartamentos, totalizando 4.030 apartamentos.
AEROPORTO MUNICIPAL
O Aeroporto Municipal aguarda a concretização de investimentos das esferas municipal, estadual e federal. Do Governo Federal, existe a expectativa que, finalmente, Rondonópolis seja contemplado no Programa de Desenvolvimento da Aviação Civil Regional, cuja promessa se arrasta desde 2012. Os recursos devem ser investidos na construção de novo terminal de passageiros. A informação é que Rondonópolis está na fase de elaboração de anteprojeto, etapa que antecede as licitações das obras. A promessa recente é que os investimentos vão começar a ser feitos em 2017.
Também existem as obras de melhoria do Aeroporto Municipal sob responsabilidade do Governo do Estado, paralisadas há um bom tempo e sem previsão oficial de conclusão. As obras do Governo do Estado no Aeroporto de Rondonópolis, orçadas em cerca de R$ 21 milhões, foram iniciadas em meados de 2013 e envolvem a ampliação da pista de pouso e decolagem, construção de pista de taxiamento, pátio e estacionamento de aeronaves, cerca operacional e serviços de sinalização luminosa/horizontal.
Na esfera municipal, ainda está pendente a conclusão do processo de implantação dos equipamentos de navegação aérea, faltando a devida homologação do sistema chamado RNAV.
