Uma equipe formada por cinco integrantes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES) está em Rondonópolis, desde a tarde de ontem (1º), com o objetivo de investigar 54 casos de microcefalia identificados pela equipe do Escritório Regional de Saúde na região Sudeste do Estado, sendo destes, 46 somente em Rondonópolis. Na última sexta-feira (27), a existência dos casos foi anunciada durante entrevista coletiva e gerou um conflito entre SES e Secretaria Municipal de Saúde, esta, alegou não ter sido notificada sobre esses casos e que no município eram registrados até aquele momento apenas 13 suspeitas. “Nós recebemos, no dia 23 de novembro, um documento encaminhado pelo Escritório Regional de Saúde nos informando da ocorrência de 54 casos de microcefalia na região de Rondonópolis. Esta informação foi feita por meio de contato da nossa equipe de Vigilância Epidemiológica do Escritório Regional com os profissionais do Hospital Santa Casa. O escritório foi até o hospital e constatou-se pelos prontuários a ocorrência destes casos. Infelizmente, a comunicação com o município foi falha”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Flávia Guimarães, sobre as informações contraditórias.
Dos 54 casos registrados na região Sudeste de Mato Grosso, oito já tiveram o diagnóstico confirmado por exames clínicos e destes, quatro tiveram material biológico colhido para ser encaminhado ao Laboratório Evandro Chagas a fim de confirmar a relação da microcefalia com o Zika Vírus.
No dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde emitiu uma nota afirmando a correlação entre o Zika vírus e a microcefalia após exames realizados em duas crianças de Pernambuco.
Os técnicos ficam até hoje (2) em Rondonópolis, em uma série de reuniões com a equipe do Escritório Regional de Saúde, com os profissionais da Santa Casa de Misericórdia e também com os profissionais técnicos da Vigilância Epidemiológica da prefeitura de Rondonópolis.
A intenção é verificar in loco os casos e definir metas e estratégias para conduzir a situação. “Este é um caso em que devemos trabalhar em conjunto e notificar o quanto antes o Ministério da Saúde. A notificação de casos de microcefalia é compulsória, ou seja, deve ser realizada imediatamente ao Ministério pelo município”, disse Flávia Guimarães.
De acordo com a SES, um grupo para discutir um plano emergencial de combate ao mosquito aedes aegypti foi formado em Rondonópolis e também medidas de apoio às famílias devem ser tomadas.
A assessoria de comunicação da SES informou que somente após a finalização do trabalho pela equipe técnica em Rondonópolis, em parceria com todos os órgãos competentes no município, um diagnóstico completo e a medidas que serão tomadas serão divulgadas.
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