A Campanha de Cadastro de Medula Óssea, realizada em Rondonópolis, nesta quarta e quinta-feira (7 e 8 de outubro), superou as expectativas iniciais e terminou com um total de 7.083 pessoas cadastradas como possíveis doadoras. O cadastro é feito mediante a doação de 5 ml de sangue para exames e o preenchimento de uma ficha. A iniciativa acabou batendo um recorde de número de pessoas cadastradas em âmbito de Mato Grosso.
Com a realização do cadastro, a jornalista Karol Garcia, uma das articuladoras da campanha, explica que essas mais de 7 mil pessoas de Rondonópolis passam a integrar o Redome (Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea), um banco de dados de possíveis doadores de medula óssea. Em uma segunda etapa, diz que, havendo compatibilidade com algum paciente, os cadastrados serão devidamente contatados.
A campanha “Compartilhe Medula Óssea” surgiu a partir da iniciativa de 05 profissionais de Rondonópolis, sendo 2 psicólogas, 1 enfermeira, 1 jornalista e 1 secretária executiva. Karol Garcia relata que, na verdade, a ideia partiu da psicóloga Camila Branco de Queiroz, sendo encampada pelas demais profissionais, incluindo ela. No final, informa que a campanha ficou sendo uma realização da Secretaria Municipal de Saúde, MT Hemocentro e grupo Compartilhe Medula Óssea.
De forma geral, Karol Garcia analisa que, com a realização com êxito dessa campanha, pôde perceber a reação em cadeia a partir das redes sociais; que as pessoas querem ajudar o próximo, mas nem sempre sabem como; e que é importante a sociedade civil ter iniciativa, considerando que o poder público, muitas vezes, precisa ser provocado. “Rondonópolis atendeu a um clamor de amor”, analisou. “É uma campanha que fala de amor, de vida e esperança”, continuou.
Nesses dois dias de campanha, a jornalista conta que comprovou a grande vontade de ajudar ao próximo que muitos ainda cultivam. Nisso, relata um casal que veio com a filha de Pedra Preta para fazer o cadastro em Rondonópolis; da participação de uma jovem de Guiratinga; de um senhor de 63 anos que não pôde fazer o cadastro devido à idade e terminou por se emocionar; além de uma professora que doou medula óssea para a irmã há 22 anos e deseja novamente ser compatível com alguém.
Para a execução da campanha, houve o envolvimento de mais de 250 pessoas voluntárias. Além da adesão da Secretaria Municipal de Saúde e do MT Hemocentro, Karol Garcia repassa que foram importantes as parcerias com a UFMT, a UNIC, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, Associação Comercial e Industrial (ACIR), Associação Rondonopolitana de Mulheres, vereador Ibrahim Zaher, família Sachetti, além de várias empresas.
Karol Garcia externou, através da reportagem, o agradecimento primeiramente a Deus pelo sucesso alcançado; à Camila pela sensibilidade de perceber uma grande causa; a todos os parceiros que se envolveram; e a todos os cidadãos de Rondonópolis e região que fizeram sua parte, se prontificando em ser um possível doador.
SAIBA MAIS – O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, detém o 3º maior banco de cadastro de medulas ósseas no Mundo, mas o grande obstáculo é a dificuldade para uma compatibilidade, em geral de 1 em 100 mil pessoas e, dependendo o tipo genético, de 1 em 1 milhão.