25.8 C
Rondonópolis
 
 

Taxistas chegam a cobrar R$ 110 por corrida entre aeroporto e a cidade

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Passageiros denunciam que estão sendo feitos reféns de taxistas no aeroporto
Passageiros denunciam que estão sendo feitos reféns de taxistas no aeroporto

As denúncias contra taxistas que atuam no Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco não param de crescer. As reclamações são referentes a valores abusivos cobrados para corridas do Aeroporto até Rondonópolis, principalmente durante a madrugada, quando os passageiros ficam reféns do táxi como único meio de transporte, já que o aeroporto é distante da cidade (16 km) e não há linha de ônibus.
Um dos leitores do jornal A TRIBUNA relatou que um taxista chegou a cobrar R$ 110 para trazê-lo até Rondonópolis. “Eu cheguei ao aeroporto 2h10 vindo de Confins (MG), quando perguntei para o taxista quanto era a corrida até Rondonópolis, fui surpreendido com o alto valor: R$ 110. Achei um absurdo e disse que não iria pagar. Quando questionei quanto ficava a corrida com o taxímetro ligado, na bandeira 2, como prevê o horário, ele não quis responder. Conforme o Aeroporto foi esvaziando, um deles resolveu cobrar R$ 70, acabei pagando porque precisava do serviço, mas é revoltante. O valor cobrado foi o mesmo que paguei para ir de táxi do Aeroporto de Confins até a casa do meu filho em Belo Horizonte, quase 80 km de distância”, contou o leitor. “É uma situação muito difícil porque você não tem outra opção, ou vêm de táxi ou andando. E muitas das vezes eles não negociam, vão embora com o táxi vazio, mas não fazem a corrida pelo preço justo. Muita gente vem para Rondonópolis a trabalho, não tem algum familiar ou amigo para buscá-lo no aeroporto e tem que pagar esse absurdo cobrado”, desabafou o leitor, que ainda lembrou que a passagem aérea de Belo Horizonte para Rondonópolis custou R$ 180, enquanto o taxista queria cobrar R$ 110 do Aeroporto até o centro da cidade.

Argemiro Ferreira, secretário de Trânsito: “o que é lei é a obrigatoriedade de usar o taxímetro, o passageiro tem que exigir”
Argemiro Ferreira, secretário de Trânsito: “o que é lei é a obrigatoriedade de usar o taxímetro, o passageiro tem que exigir”
Dito Parente, presidente do Sindicato dos Taxistas: “a nossa orientação é que as pessoas anotem o número do táxi e a placa do veículo”
Dito Parente, presidente do Sindicato dos Taxistas: “a nossa orientação é que as pessoas anotem o número do táxi e a placa do veículo”

De acordo com o Secretário Municipal de Trânsito, Argemiro Ferreira, os taxistas não têm um cadastro específico para trabalhar no aeroporto, lá existem pontos de táxi fixos e também o serviço rotativo. “Não há nada que impeça um taxista sair de Rondonópolis e ir até lá realizar uma corrida. Temos recebido esse tipo de denúncia sim, principalmente casos durante a madrugada e estamos pensando em alguma fiscalização nesse sentido. O que é lei é a obrigatoriedade de usar o taxímetro, o passageiro tem que exigir”, ressaltou Argemiro.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato dos Taxistas de Rondonópolis para apurar a situação. De acordo com o presidente, Benedito Vieira, o Dito Parente, o Sindicato não compactua com esse tipo de atitude por parte de alguns taxistas. O valor acordado entre Sindicato e taxistas é de R$ 60 a R$ 70 do Aeroporto até a entrada da Avenida Presidente Médici na bandeira 2. Quando o táxi entrar na cidade a bandeira deve voltar para a 1. Além disso, é totalmente proibida a lotação, ou seja, dois passageiros com destinos diferentes no mesmo táxi. “Nós recebemos aqui no Sindicato também denúncias de passageiros sobre essas cobranças altas. A nossa orientação é que as pessoas anotem o número do táxi e a placa do veículo, além de solicitar o recibo ou o comprovante do pagamento. Assim podemos tomar alguma atitude dentro do sindicato, alguma punição e até suspensão. Caso haja reincidência por parte do motorista, tomaremos as medidas cabíveis.”
O presidente do sindicato ainda alertou os passageiros sobre a obrigatoriedade do uso do taxímetro. “Todos os usuários de táxi, seja no Aeroporto, na Rodoviária ou em qualquer canto de Rondonópolis tem o direito de exigir assim que entrar no veículo que o taxímetro seja ligado.”

Juca Lemos, coordenador do Procon: “se por acaso essa situação permanecer nós tomaremos medidas mais drásticas”
Juca Lemos, coordenador do Procon: “se por acaso essa situação permanecer nós tomaremos medidas mais drásticas”

DENUNCIAR NO PROCON
Atualmente, os valores das bandeiras para a corrida de táxi em Rondonópolis são de R$ 2,75 para bandeira 1 e R$ 3,30 para bandeira 2. A bandeirada custa R$ 5,00. Das 22h até 6h, os táxis rodam com a bandeira 2 e aos sábados a partir de 12h até às 6h da segunda-feira a bandeira 2 também é cobrada. Uma corrida de 18 km entre o Aeroporto e a entrada da Avenida Presidente Médici, com a bandeira 2 e a bandeirada de R$ 5,00 deve custar portanto R$ 64,40.
De acordo com o coordenador do Órgão de Defesa do Consumidor (Procon) em Rondonópolis, Juca Lemos, algumas denúncias já foram feitas por passageiros e a fiscalização deve atuar com mais rigor para combater essa prática. A orientação é anotar a placa e o número do táxi e fazer a denúncia ao Procon. É importante solicitar um recibo do taxista, que é obrigado a dar, ou o comprovante do pagamento da corrida feito via cartão de débito ou crédito, que podem ser usados como prova. “Mesmo que o taxista se recuse a dar um recibo, com o número da placa e o do táxi já podemos atuar”, contou Juca. O taxista é obrigado a cobrar a corrida conforme o que foi registrado no taxímetro. O coordenador do Procon ainda alertou os taxistas: “Não pratiquem, se por acaso essa situação permanecer nós tomaremos medidas mais drásticas”, finalizou Juca.

- PUBLICIDADE -spot_img
  1. O que falta também é a Prefeitura implementar um traslado (ônibus ou Microonibus) aeroporto/Centro/shopping/aeroporto para aumentar a competitividade e escolha de preço por parte dos usuários. É um absurdo uma cidade como Roo ter somente táxi para locomoção tendo em vista a movimentação de vôos que já existem na localidade. Será que trata-se de protecionismo para os taxistas? Fica aí a pergunta! Porque não existe essa iniciativa pela Prefeitura?

  2. Estranha essa reportagem, pois não da para acreditar que uma pessoa que se sinta lesada não consiga anotar nem o numero do carro e a placa para fazer a reclamação e informar o responsável.

  3. Um absurdo o valor do taxi. Como existem poucos horários no aeroporto, podiam colocar um ônibus particular fazendo uma linha especial a um preço fixo, levando ao centro (antiga rodoviária e praça dos carreiros e também ao shopping), assim como tem em São Paulo um ônibus do aeroporto que leva a principais pontos da cidade.

  4. Predomina a ganância face a fragilidade do passageiro que fica sem opção. Penso que é caso de polícia, registrar BO e cassar a licença do taxista, pois está prestando um desserviço à sociedade.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Plano diretor: Justiça determina atualização em cidade de MT; em Roo projetos empacam na Câmara

Com a atualização do plano diretor atrasada há oito anos, a Justiça determinou que o município de Pontes e...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img