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Rondonópolis
, 13 maio 2024
 
 

A primeira impressão é a que a fica

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Costuma-se apontar a malandragem como uma das maiores mazelas da sociedade brasileira. Geralmente, quando questionada acerca do assunto, a opinião pública tem como alvo favorito de críticas a classe política. É curioso, no entanto, que boa parte dessas pessoas que avaliam negativamente seus representantes costuma recorrer, cotidianamente, a pequenos artifícios que burlam o costume ético e, muitas vezes, até a lei.
Estamos nos referindo ao nosso jeitinho brasileiro, ao jogo de cintura, “categorias” que, já incorporadas à nossa cultura, convivem lado a lado com os valores ético-morais mais tradicionais. A “ética” do jeitinho e da malandragem coexiste, paralelamente, com a ética oficial.
Diz o famoso ditado popular que a primeira impressão é a que fica. Se verdade, a que Rondonópolis tem deixado para os seus visitantes não é das melhores. Quem chega à cidade pelo Aeroporto e não tem outra forma de se locomover até o município (a não ser pelos serviços pagos), tem que lidar com uma situação bastante incômoda, a cobrança de valores abusivos por parte de alguns taxistas.
A prática foi denunciada pela reportagem do A TRIBUNA, mas há de se deixar claro que ela não se restringe a Rondonópolis. Constantemente os veículos de comunicação espalhados pelo país denunciam cobranças com valores altos, para trajetos que custariam até três vezes menos do que o taxista pede, na maioria das vezes explorando turistas. Em Rondonópolis o horário escolhido para a prática é a madrugada, quando passageiros desembargam no Aeroporto e não tem muito que fazer devido a distância até a cidade, e acabam pagando o que é cobrado.
Seria esse o chamado jeitinho brasileiro? Não perder a oportunidade de “se dar bem”, não importa à custa de quem? Secretaria Municipal de Trânsito, Sindicato dos Taxistas, Órgão de Defesa do Consumidor, todos repudiam a ação. Mas o que fizeram, ou será feito, para eliminá-la? O potencial brasileiro para a improvisação e para a criatividade é enorme, e é importante que ele se volte cada vez mais para as boas práticas, para a melhora da renda com honestidade e engenhosidade. E que se possa valorizar cada vez mais o bom profissional, que trabalha corretamente e cobra o que lhe cabe pelo trabalho. Se um precisa garantir o seu pão de cada dia, o outro precisa garantir que o seu, que foi tão suado quanto, seja bem gasto.

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