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Santa Casa alerta para defasagem na tabela SUS

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A Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis é um dos principais hospitais filantrópicos de Mato Grosso
A Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis é um dos principais hospitais filantrópicos de Mato Grosso

A defasagem na tabela paga por procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vem trazendo prejuízos crescentes para os hospitais filantrópicos, com dificuldades financeiras e até fechamento de unidades no Brasil. Em Rondonópolis, quem faz o alerta é a Santa Casa de Misericórdia e Maternidade, tendo em vista à mobilização nacional que será desenvolvida nesta segunda-feira (29/06) pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) e suas federações estaduais, como a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Mato Grosso.
A administradora da Santa Casa de Rondonópolis, Maria Marleide Narciso, informa que o intuito dessa mobilização nacional é mostrar aos brasileiros a condição financeira precária das instituições filantrópicas no Brasil. Em Rondonópolis, são hospitais filantrópicos a Santa Casa e a Associação Beneficente Paulo de Tarso. Em Mato Grosso, acrescenta que são 1.202 leitos filantrópicos com atendimento pelo SUS. No Brasil, os hospitais filantrópicos são responsáveis por cerca da metade do atendimento aos pacientes do SUS.
Apesar dessa importância para a saúde pública, Marleide atesta que são 12 anos sem reajuste na tabela de procedimentos pagos pelo SUS. Em média, calcula que a tabela do SUS cobre apenas 60% do custo real dos procedimentos. Para exemplificar, ela cita que um parto normal custa R$ 267,60 e um parto cesáreo R$ R$ 447,16 na tabela SUS. Por ser um hospital nível 2, a Santa Casa recebe R$ 361,26 por parto normal e R$ 603,66 por parto cesáreo. Contudo, afirma que o custo real de um parto normal é de R$ 1.100 e de um parto cesáreo é de R$ 1.721,30 na Santa Casa.
Complicando a situação, na Santa Casa, 63% das internações e 90% dos partos normais são de pacientes do SUS. Para tentar fechar as contas e sobreviver, a administradora explica que a Santa Casa precisa recorrer a incentivos do Estado, a doações e ainda se vale dos procedimentos particulares, uma vez que não visa lucro. “Tudo que se faz aqui é para complementar a tabela do SUS”, argumenta, lembrando que tem de pagar fornecedores e profissionais. Não é por menos que observa que tem hospital filantrópico fechando as portas ou em grave situação financeira.
Com a atual crise econômica nacional, Marleide repassa que as dificuldades dos hospitais filantrópicos têm aumentado, a exemplo do expressivo aumento do valor da energia elétrica. Diante da realidade, ela destaca a necessidade de os representantes políticos fazerem algo urgentemente para corrigir essa defasagem dos valores pagos pelo governo por procedimentos hospitalares, antes que haja um colapso. “O governo precisa dos hospitais filantrópicos”, externou. “Hoje precisamos de um sistema de financiamento que venha garantir a continuidade dos atendimentos”, acrescentou.
Nacionalmente, o Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no SUS está lançando a campanha “Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo”.

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