Com a polêmica acerca da construção de uma unidade básica de saúde (posto de saúde) na Praça da Saudade, no bairro Bom Pastor, o vereador Olímpio Alvis externou ao Jornal A TRIBUNA sua preocupação, bem como da comunidade, em perder os recursos assegurados para essa finalidade. Conforme noticiado pelo A TRIBUNA, o advogado Antônio Roberto dos Santos efetivou uma denúncia ao Ministério Público do Estado alertando sobre a ilegalidade de se construir o posto de saúde em parte da praça.
O vereador Olímpio Alvis abordou esse assunto na sessão desta quarta-feira da Câmara Municipal. Em entrevista à reportagem, o vereador explicou que o atual posto de saúde do bairro Bom Pastor funciona em espaço emprestado pela Associação dos Moradores e em condições precárias. Além disso, enfatizou que o bairro não dispõe de uma área do tamanho necessário para receber a unidade de saúde, restando como única alternativa o uso da praça. Dessa forma, se a unidade não for construída na praça, atesta que o recurso disponível terá de ser devolvido.
Conforme Olímpio Alvis, quase todas as praças públicas em Rondonópolis possuem edificações variadas e estão subutilizadas. O vereador informou que esteve em conversa com o setor jurídico da Prefeitura e com o promotor público Marcelo Caetano Vacchiano, a fim de encontrar uma solução para esse impasse. Apesar de a legislação federal proibir a alteração da finalidade de áreas verdes, observa que a Praça da Saudade, em documento, não consta como área verde, mas sim como área de reserva municipal. “Acredito que vamos conseguir reverter a situação e permitir a construção”, externou.
A unidade de saúde vai ocupar 700m² da Praça da Saudade, ou 7% da área total. Olímpio Alvis assegura que a comunidade, diante da necessidade, está favorável à construção do posto de saúde em parte da praça. Acrescentou que a Prefeitura não tem condições de adquirir uma área no bairro, onde os espaços disponíveis possuem valores de mercado muito altos. Ele pontua ainda que o advogado que fez a denúncia não conhece a realidade da comunidade. “O advogado está prestando um desserviço à sociedade”, enfatizou.
A obra do referido posto de saúde está orçada em cerca de R$ 360 mil.
