Ao menos 14 policiais militares foram expulsos da corporação, em Mato Grosso, somente no último ano, acusados de vários crimes ou de desvio de função. Conforme apurado, são mais de mil processos administrativos tramitando na Corregedoria da Polícia Militar contra policiais envolvidos em crimes como roubo, furto, formação de quadrilha dentre outras irregularidades.
Entre janeiro e novembro de 2013 foram instaurados 165 inquéritos, abertas 934 sindicâncias e 40 casos investigados pelo Conselho de Disciplina. O total resulta em 1.139 Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD). Levando em consideração esse número com o efetivo da Polícia Militar, que é de aproximadamente 7 mil policiais, conclui-se que 16,2% da corporação responde a processos na Corregedoria.
Para o coordenador de comunicação da PM, tenente coronel Paulo Serbija, a quantidade de procedimentos não é considerada alarmante e estaria dentro da média em tramitação na Corregedoria. Ele explica que muitas denúncias que chegam não possuem fundamento e, após a instauração de uma sindicância, acabam arquivadas. “Todas as denúncias encaminhadas para a polícia são apuradas, seguindo o procedimento normal. Mas grande parte não tem continuidade por falta de provas ou porque não tem fundamento”, pontuou.
As punições variam de acordo com os argumentos e provas contidas no processo, podendo ser repreensão, prisão, reforma e exclusão. Conforme a Corregedoria, uma vez aberto o processo de sindicância, as partes envolvidas diretamente com o fato são ouvidas, bem como as testemunhas. Também são requisitadas perícias para comprovar se houve ou não abuso de poder por parte da ação policial.
Contudo, segundo o coronel, muitas denúncias ainda estão em apuração. “Não tem espaço para bandido na polícia. Há denúncias de militares que têm relacionamento com traficantes, que prendem uns e deixam de prender outros. São muitos casos denunciados, mas o importante é que todos estão sendo investigados, apurados”, enfatizou.
Polêmica
As agressões contra estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), durante protesto, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, por exemplo, resultaram em procedimentos contra policiais, em 2013. Um comandante foi exonerado do cargo e dois policiais afastados das funções. (Fonte: G1)
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