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, 16 maio 2024
 
 

Personalidades feminina e masculina de 2013

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Não faltam pessoas que se destacam no cenário de Rondonópolis, em suas mais diversas profissões e atividades, com trabalhos e ações que fazem a diferença na construção de uma cidade mais progressista, com mais qualidade de vida e mais justa. Para reconhecer essas pessoas, o Jornal A TRIBUNA, desde 1983, escolhe as personalidades masculina e feminina de cada ano. As personalidades de 2013 escolhidas pelo A TRIBUNA foram Maria Vieira de Souza, a “Maria do Sopão”, e o juiz Wladymir Perri.

A escolha das personalidades de cada ano é baseada em nomes de pessoas que atuaram em Rondonópolis, destacando-se por variados motivos dentro da sociedade. Sempre são buscados nomes de pessoas que, através das suas atividades profissionais, contribuíram para melhora de algum dos diversos setores da sociedade, seja econômico, social, cultural ou político. Conheça um pouco do perfil das personalidades masculina e feminina escolhidas pelo A TRIBUNA neste ano:

Maria Vieira de Souza

Maria viera - maria do sopao - 30-12-13

A benemérita Maria Vieira de Souza, a “Maria do Sopão”, foi escolhida a personalidade feminina de 2013 em função do seu trabalho social na periferia de Rondonópolis. Por cerca de 33 anos, ela realiza um sopão para crianças e mães carentes na cidade, sem nunca ter parado essa atividade. Neste ano, ela também foi agraciada com a homenagem “Destaque Social”, entregue pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), reconhecendo um importante trabalho em prol da comunidade menos favorecida da cidade.

Nascida em Aiuaba, no Ceará, Maria Vieira tem hoje 63 anos de idade. Saiu para o estado de Goiás com 6 anos de idade, onde ficou até os 17 anos, quando veio para Rondonópolis. Inicialmente estabeleceu em uma fazenda e, depois, na área urbana. Era manicure e cabeleireira e atualmente se dedica à casa e aos menos favorecidos, com suas ações sociais que chamam a atenção de todos que a conhecem. É evangélica e tem dois filhos: André Luís Vieira, de 33 anos, e Andréia Carla Vieira, de 28 anos.

O sopão foi iniciado por Maria Vieira em 1980, quando ela residia na Vila Operária. Naquela época, era feito uma vez por semana. Ela conta que começou a realizar a sopa para ajudar uma família carente que morava no bairro vizinho, no Cidade Natal. “Eu ficava com dó de ver eles sem alimento. Apesar de não ter muito alimento, eu tinha coragem!”, recorda. Antes de iniciar, conversou com o padre Lothar, que deu o incentivo, e algumas clientes lhe propuseram em ajudá-la com alimentos.

Para surpresa, no primeiro dia da iniciativa de Maria Vieira apareceram cerca de 100 pessoas. “No segundo sábado, não sei de onde saiu tanta mulher grávida e idosa; juntou umas 120 pessoas”, relata. No entanto, uma das preocupações é que a casa era bem pequena e não comportava a grande quantia de pessoas. Por isso, começou a pensar em se mudar para um loteamento e uma casa maior, para oferecer mais espaço às pessoas que atendia.

A partir de 1984, Maria Vieira passou a servir a sopa na Escola Municipal Princesa Isabel, no bairro Jardim das Flores, aos sábados. Incentivada pela irmã e a cunhada e com o aval do prefeito da época, o J. Barreto, conseguiu um lote no Jardim das Flores, para onde mudou-se em 1987, servindo a sopa na própria casa. As ajudas e doações foram aumentando e começou a realizar a sopa três vezes na semana. Em 1992, o sopão passou a ser servido diariamente.

Ao longo desse período, Maria Vieira não tirou sequer férias. Atualmente, o seu sopão atende entre 120 e 130 crianças no meio da semana. No final de semana, quando faz o sopão, chega a atender 200, ou até 300 crianças. Além da sopa, também costuma oferecer lanche. Ela não esquece de enfatizar que a atividade é mantida com a ajuda de muitos empresários da cidade. “São empresários que gostam de meu ajudar e me ajudam com amor”, afirma, acrescentando que há alunos da Unic e UFMT que são voluntários.

Maria Vieira diz que continua sendo motivada a desenvolver essa iniciativa devido à necessidade das crianças. “Eu ganho as coisas e falo: tenho que fazer! O que me motiva é a necessidade deles. Gosto de fazer. Quando estão só os pequenininhos, gosto mais ainda!”, analisa. Além do sopão, ajuda as famílias com distribuição de roupas, calçados e alimentos. No fim de ano, realiza o “Natal da Criança”, um almoço, com bolo, brincadeiras e sorteio de prêmios.

Diante da expressiva ajuda, a benemérita faz questão de externar seu agradecimento a todos aqueles que a ajudam, que nunca a abandonaram nesse tempo todo. “Só deixo muito carinho aos empresários, para que eles possam continuar com os seus comércios e nos ajudando”, externou. “É muito gostoso compartilhar. Eu não tenho, mas quando ganho eu compartilho. Eu fico feliz em ajudar. Deus manda sempre alguém trazer para eu passar para os mais necessitados”, afirma.

O seu trabalho social, dessa forma, vem contribuindo para uma sociedade mais solidária, com mais dignidade e valorização do ser humano.

Juiz Wladymir Perri

Wladymir Perri aguarda a devolução do processo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso

O juiz Wladymir Perri foi escolhido a personalidade masculina de 2013 em função do seu empenho em prol a celeridade da realização dos julgamentos no Tribunal do Júri, o qual é presidente e também juiz titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis. Também pela sua atuação destacada na magistratura, dedicando a vida quase que integralmente à atividade, visando maior celeridade dos processos de sua competência, com horas além da sua jornada de trabalho pelas madrugadas, finais de semana e feriados.

Apaixonado pela magistratura, Wladymir Perri nasceu em Cuiabá, filho do procurador aposentado Miguel Perri, em 31 de outubro de 1967. O magistrado também é primo do atual presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri. Hoje é casado com a renomada advogada Juliana Barros. Em uma carreira de 15 anos como magistrado no estado de Mato Grosso, há seis ele reside em Rondonópolis, onde já respondeu cumulativamente pela 4ª Vara Criminal e 1ª Vara no ano de 2012.

Em um só dia, Wladymir Perri chegou a realizar 37 audiências, além de presidir um Tribunal do Júri. O fato ocorreu em 27 de janeiro de 2012 e teve o objetivo dar celeridade ao trâmite dos processos. No intuito de fazer justiça, acalentando o coração de famílias de vítimas e também de familiares de acusados de crimes contra vida, foram inúmeras sessões do Tribunal do Júri agendadas, onde diante a falta de quórum de jurados, defensor público e até mesmo promotor de justiça, ainda conseguiu um número expressivo de julgamentos. Uma tentativa inédita foi o agendamento de duas sessões do júri em um dia durante a pauta de um mês. Para 2013 esteve agendados mais de 140 julgamentos no Tribunal do Júri.

Neste ano de 2013 o juiz Wladymir teve seu trabalho reconhecido pela Câmara de Vereadores, que lhe congratulou com uma Moção de Aplausos e um Título de Cidadão Rondonopolitano, por indicação do vereador Adonias Fernandes (PMDB). “Fico honrado de ter recebido esse título, tendo em vista que, desde quando cheguei aqui em Rondonópolis, confesso aos senhores que almejei esse título. Agora, por iniciativa do vereador Adonias, consegui recebê-lo e espero retribuir dando minha contribuição nessa minha caminhada de vida em Rondonópolis”, avaliou sobre a honraria para a equipe do A TRIBUNA.

O prêmio “Juiz Destaque do Estado de Mato Grosso” também foi entregue ao juiz Wladymir o dia 7 de dezembro de 2012 na sala “Desembargador Athaide monteiro da Silva”, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A honraria teve o objetivo de premiar o juiz mais produtivo em matéria de quantidade e qualidade de sentenças, que é o produto principal que todo juiz oferece à coletividade, e reconhecer publicamente o trabalho do profissional que se dedica cotidianamente a sua função. Como premiação, recebeu um certificado de reconhecimento como “Juiz Destaque do Estado de Mato Grosso” e anotação positiva em ficha funcional.

De acordo com o juiz Wladymir Perri, quanto ao Tribunal do Júri, as ausências de jurados têm sido cada vez mais recorrentes, tornando-se um problema. Segundo o magistrado, desde 2011, a Vara do Tribunal de Júri tem encontrado dificuldade em realizar os júris por falta de quórum de jurados, fazendo constantes alertas sobre essa situação.

“Trata-se de uma obrigação não só do Poder Judiciário. A sociedade possui também as suas responsabilidades. A liberdade dos réus pode passar a ser uma realidade, caso estas circunstâncias persistam, ou seja, estarão estimulando as pessoas a cometerem crimes”, externou o magistrado.

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