Após o embargo da prefeitura às obras do estacionamento para carretas da empresa Kibarato, que funcionará em frente à ADM, no Distrito Industrial, a empresa obteve o alvará de licenciamento. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a empresa derrubou o embargo por meio de uma ação e retirou a guia de pagamento para obtenção do alvará.
A criação do estacionamento, no Distrito Industrial de Rondonópolis, que servirá de apoio para os caminhões que vão descarregar no Terminal Intermodal da ALL, gerou polêmica em função do aumento no tráfego de carretas que poderá ocasionar na travessia urbana.
No último dia 30 de outubro, durante sessão ordinária da Câmara Municipal, os vereadores Jailton do Pesque e Pague (PDT) e Thiago Silva (PMDB) solicitaram da Prefeitura todos os alvarás que comprovem a liberação do funcionamento do estacionamento. Segundo Jailton, o estacionamento não tem as mínimas condições de receber os caminhões, além de vir a causar problemas de congestionamentos no espaço urbano da cidade e ocasionar situação de insegurança e desconforto para os caminhoneiros. Até hoje, a prefeitura ainda não encaminhou a documentação aos vereadores.
Além disso, em maio deste ano, após denúncias do próprio vereador Jailton e do diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, sobre o estacionamento estar sendo criado em área urbana para ser usado pela América Latina Logística (ALL), a prefeitura embargou as obras que estavam em andamento.
Na ocasião, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Argemiro Ferreira, afirmou que o embargo ocorreu por dois motivos: o primeiro por questões ligadas ao alvará obtido pela empresa que iria operar o estacionamento e, o segundo, pela falta de um laudo sobre o impacto que o empreendimento iria causar no trânsito da cidade.
No entanto, de acordo com Argemiro Ferreira, juridicamente é permitido o tráfego de caminhões na travessia urbana e o município não pode, em princípio, cobrar um laudo sobre o impacto que o empreendimento causará ao trânsito. “Em princípio não tem como impedir”, declarou ontem, por telefone, à reportagem do jornal A TRIBUNA o secretário.