Após a crise financeira do final de 2008, o setor de venda de automóveis novos e seminovos vem dando sinais de reação novamente no mercado rondonopolitano. Nesse caminho, novas empresas estão surgindo no segmento e as existentes apontam crescimento nas vendas em 2010. O setor sofreu em 2009 com as restrições de crédito pelas financeiras, além da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis zero quilômetro.
O gerente da Dubai Veículos, João Carlos, observa que o brasileiro é apaixonado por carros e, facilitando o acesso à essa paixão, estão os financiamentos, responsáveis por mais de 80% das vendas do setor. Nesse momento, avalia que as vendas de usados e seminovos estão aquecidas no município. A reação nas vendas do setor, conforme o gerente, se deve à volta das facilidades nas condições de pagamento, com prazos mais longos, juros mais baixos e ainda melhora do poder aquisitivo das classes mais populares.
Para o empresário Roberto Groto, da Auto Brasil, houve uma reação no segmento de seminovos, apesar de não estar como antes da crise financeira. Na verdade, o empresário analisa que houve este ano a volta da confiança no mercado, pois acredita que a crise foi mais em função da desconfiança no futuro da economia do que devido à falta de dinheiro em si. Com a volta da oferta de crédito e menos burocracia na sua aprovação, estima que o setor apresenta uma recuperação de 80% daquilo que era antes da turbulência.
O empresário Adilson Antônio de Souza, da Adilson Veículos, tem uma posição mais conservadora. Em fevereiro de 2010, ele inaugurou um novo espaço para sua empresa multimarcas. Na avaliação do empresário, houve uma reação nas vendas de seminovos e usados, mas não no volume esperado. Ele pontua que Mato Grosso não reagiu tanto as vendas devido ao desempenho do setor agrícola. Agora avalia que apresenta promessas de reação, principalmente em função da evolução dos preços da soja, refletindo no mercado de automóveis de maior valor.
Em 2010, a volta da cobrança do IPI integral para os veículos zero quilômetro também reforçou a volta da atratividade dos seminovos. Adilson observa que a compra do seminovo voltou a compensar diante da diferença de preços mais elevada para um veículo zero quilômetro.
