O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Sindimec Sul-MT), em resposta aos argumentos do sindicato laboral, repassa que não houve má vontade para o fechamento de acordo em relação à convenção coletiva 2010/11. Na verdade, externa que foram oferecidos índices acima da inflação do período, com ganho real, e dentro do que a realidade do setor permite. O assessor sindical do Sindimec Sul-MT, Vanderlei José Oliveira dos Santos, procurou ontem o Jornal A TRIBUNA para falar sobre o assunto.
Enquanto os trabalhadores pedem um reajuste salarial de no mínimo 7%, os patrões ofereceram um reajuste de 6,5%. Conforme Vanderlei José, as negociações entre as partes começaram com índices de oferta e reivindicação bem distantes, os quais foram se aproximando. Ele lembra que o empresariado havia aprovado em assembléia recente a oferta de um reajuste de 6% e, mesmo assim, na última rodada de negociação, acabaram elevando para 6,5%. Ainda assim, observa que não houve a sensibilização dos trabalhadores.
Vanderlei José explicou que, na verdade, os patrões do setor ofereceram um piso para iniciante de R$ 520,00, o que significa um reajuste de cerca de 9% sobre o piso vigente. Quanto ao piso normativo, para quem tem experiência comprovada em carteira, diz que o piso é de R$ 580,00, apresentando um reajuste de 7,41% sobre o piso vigente. Agora em relação ao índice de 6,5% para quem ganha acima do piso, o assessor sindical esclarece que trata-se de uma base, sendo flexível para que cada empresa possa conceder índices maiores.
O assessor sindical também enfatiza que, nesse período de negociação, o sindicato patronal sempre esteve aberto à negociação e que o índice de 6,5% oferecido significa um ganho real de 1% a mais que a inflação. Também observou que o índice ofertado está dentro do fechado por outros sindicatos, a exemplo do sindicato local do comércio (6,5%), sindicato da alimentação local (5,5%), sindicato metalmecânico de Mato Grosso (5,5%) e sindicato das retíficas do Estado (6%).
Ademais, o Vanderlei José entende que um índice de 7% pesa bastante para o segmento, especialmente o metalúrgico que não vive fase tão boa, ainda mais considerando, por exemplo, que o piso de R$ 580,00 serve de base de cálculo para o pagamento da insalubridade. Ele citou ainda que a convenção coletiva de 2009 fechou com um percentual de 6,5% de reajuste para quem ganha acima do piso e, em 2008, de 10%.
