A 19ª Romaria dos Mártires, realizada no fim da tarde deste domingo (21/03), reuniu entre 5,5 mil e 6 mil pessoas, conforme estimativa dos organizadores. O tema foi “Mártires: testemunhas do serviço a Deus e aos irmãos, em favor da vida”. Pela primeira vez, os romeiros fizeram o trajeto entre a Praça da Saudade, na região do bairro Bom Pastor, e a Praça Bom Jesus, em Vila Operária.
Neste ano, a Igreja Católica buscou unir a Campanha da Fraternidade com a Romaria dos Mártires, unindo a vida e a fraternidade. Conforme o bispo da Diocese de Rondonópolis, dom Juventino Kestering, a avaliação dessa nova edição da Romaria foi muito satisfatória. “Nós temos como propósito realizar a Romaria na perspectiva de colocar que somos um povo caminhante, que tem uma esperança à nossa frente e que devemos ser um povo fraterno e solidário, a serviço da vida”, justificou o bispo.
Em um primeiro momento, na Praça da Saudade, a Romaria contou com um momento alusivo à memória dos principais mártires da América Latina e do Brasil, com suas principais causas defendidas, em forma de encenação. Em um segundo momento, próximo ao córrego Canivete, a procissão da Paróquia São José Operário se uniu aos demais romeiros que vinham da Praça da Saudade, promovendo um rito penitencial.
Nesse segundo momento, foram reunidas as cruzes conduzidas pelas paróquias participantes. Em uma ação simbólica marcante, os romeiros se uniram de dois em dois, formando, com os braços estendidos, o símbolo da cruz. Para isso, cada romeiro estendia um dos braços para a vertical e outro braço para horizontal, e se aproximavam. Depois, houve o abraço simbólico entre ambos. Segundo dom Juventino, o ato serviu para instigar o perdão e a reconciliação em relação ao próximo.
Um terceiro momento se deu durante a celebração, na Praça Bom Jesus, em Vila Operária. Um dos pontos mais simbólicos foi o da partilha do pão, com a distribuição de 10 cestos de pão entre a multidão. Os pães foram partidos e cada pessoa era orientada a repartir o pão ao próximo. O bispo analisa que essa simbologia deixa a mensagem que os bens que as pessoas adquirem na terra não devem ser usados unicamente para uso próprio. “São meus e dos meus irmãos…”, orientou.
A 19ª Romaria dos Mártires contou com a participação das paróquias e comunidades de toda a Diocese. “Os romeiros saíram confiantes em continuar a missão como Igreja na Diocese de Rondonópolis”, avaliou o bispo.
