Acontece hoje, a partir das 9h, a inauguração oficial das dependências da Casa Esperança, unidade 2, que vai funcionar nas antigas instalações da Uniprom, na MT-270 (saída para Guiratinga).
O local, segundo informações da vice-presidente da casa, Abadia Rosa Miranda, foi todo reformado e adequado para receber as pessoas excluídas socialmente, sem residência fixa (moradores de rua) que ficam perambulando pelas ruas e praças da cidade, e que tenham problemas de dependência com alcoolismo.
A unidade 2 da Casa Esperança foi adaptada para receber até 90 pessoas (homens). Ali, segundo a diretora, eles serão acolhidos e assistidos, receberão alimentação, ajuda e tratamento médico, terão oportunidade de aprender uma ocupação e poderão viver com dignidade, até que possam ser reinseridos no convívio social.
Os moradores da casa terão acesso a cursos de capacitação, alfabetização e reabilitação.
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Segundo Abadia Rosa, grande parte dos homens que se dirige à Casa Esperança apresenta problemas com o alcoolismo, quadro de saúde debilitada e até tuberculose devido à exposição às intempéries do tempo, falta de uma alimentação adequada, conseqüências do excesso de consumo de bebida alcoólica. Na Casa Esperança, eles recebem tratamento, acompanhamento psicossocial e são tratados com dignidade.
Os que manifestam real interesse em deixar o vício da bebida podem frequentar o grupo dos Alcoólicos Anônimos (AA) e ainda tem lições de evangelização. No entanto, a casa respeita a liberdade de culto religioso de cada um, não impondo nenhuma doutrina ou religião ao morador.
A maioria dos 62 homens residentes na Unidade I, localizada na frente do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) é de fora do município, tem baixo grau de escolaridade e pouca ou nenhuma qualificação profissional. Muitos não têm família ou já perderam o vínculo familiar, e de alguma forma, vieram para a região à procura de emprego na zona rural. No entanto, após perderem as colocações no campo migraram para a cidade, não conseguiram colocação no mercado de trabalho e acabaram marginalizados, descendo à condição de mendicância, tendo que residir embaixo de pontes, nas ruas e praças da cidade, e revelando-se num grave problema social.
A instituição sobrevive de ajuda e parcerias com organismos públicos e sociedade. Os coordenadores pedem às pessoas interessadas em ajudar materialmente ou financeiramente com a instituição que entrem em contato na unidade I no centro. A Casa Esperança precisa de dinheiro para as despesas de manutenção, alimentos, material de limpeza e higiene e roupas masculinas para adultos.
A diretora Abadia pede às pessoas que não enviem roupas femininas ou de crianças, porque lá não existe aproveitamento para esse tipo de oferta, já que a população é exclusivamente masculina.
