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, 16 maio 2024
 
 

Sem-teto: Ano começa com invasão na cidade

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O primeiro dia do ano de 2009 em Rondonópolis foi marcado pelo ressurgimento do movimento dos sem-teto, que invadiu duas áreas na cidade, sendo uma pública e outra de propriedade da OAB local, num total de 20 mil m2, na região do Parque São Jorge.

[inspic=30083,right,fullscreen,200]De acordo com um dos organizadores do movimento, o ex-pedreiro e mototaxista José Maria Alves da Silva, de 44 anos de idade, o movimento do Parque São Jorge vem sendo orquestrado há cerca de dois meses e é composto por 54 famílias, a maioria moradores da própria região e de outros bairros da cidade.

Os sem-teto já dividiram e delimitaram as áreas ocupadas, armando barracos, criando ruas e estabelecendo a metragem dos lotes em 10mx20m, num total de 200m2 cada.

Segundo o líder do movimento, os pais de famílias querem do novo prefeito uma atenção especial no sentido de regularizar a situação dos mesmos, negociando e disponibilizando aquelas áreas ou mesmo uma outra, onde eles possam pagar pela mesma. “Nós não queremos nada de graça. Só queremos ter o nosso cantinho. E se estamos invadindo essa área é porque a maioria de nós não tem casa e está morando de favor em casa de parentes e de amigos. Nós não temos uma casa e nem um local para construir os nossos barracos, a nossa moradia. Então nós queremos que o novo prefeito Zé Carlos do Pátio faça o que foi feito aqui do lado, no Loteamento Farias, onde os moradores ganharam lotes e pagam R$ 25,00 por mês. Essa quantia, todo mundo pode pagar, e nós vamos ter um lugar para morar”, explicou José Maria.

REINTEGRAÇÃO DE POSSE

As duas áreas invadidas medem juntas cerca de 20 mil metros quadrados. A primeira é uma área pública, reservada para espaços de lazer das comunidades vizinhas. A segunda é propriedade da Associação dos Advogados de Rondonópolis, ligada à OAB local.

O presidente da OAB Rondonópolis, Duílio Piato Junior disse ontem que já está tomando as providências legais no sentido de ajuizar, na segunda-feira (5), uma ação de reintegração na Justiça Federal, que é a instituição adequada para tratar de assuntos de interesse e referentes a OAB.

Duílio Piato disse que já efetuou um levantamento e um registro fotográfico da invasão, que será juntado aos documentos de propriedade da área e fará o ajuizamento da ação de reintegração.

Segundo o vice-presidente da OAB Rondonópolis, Nelson Pereira Lopes, a área em questão foi doada à instituição pelo então prefeito Percival Muniz, ainda na gestão do advogado Humberto Queiroz à frente da OAB local.

“Essa área é a nossa bandeira de luta e representa o nosso sonho de construirmos a nossa sede campestre. Assim que ganhamos a área, construímos um campo de futebol, gramamos o local e agora estamos viabilizando recursos para a construção da sede. Por isso, vamos envidar todos os esforços e adotarmos todas as ações necessárias para a reintegração desse patrimônio dos advogados de Rondonópolis”, avisou Pereira Lopes.

ABAIXO-ASSINADO

[inspic=30084,right,fullscreen,200]Ontem, ao sem-teto estavam providenciando um abaixo-assinado de apoio às suas reivindicações junto aos moradores do Parque São Jorge, já que a invasão está dividindo opiniões: uma parte dos moradores é a favor e outra é contra.

O atual presidente da Associação de Moradores do Parque São Jorge, Valdivam Domingos da Silva, mais conhecido como “Novinho”, ouvido pela reportagem, se mostrou contrário à invasão da área pública (campo de futebol), que segundo disse, estava reservada para a construção de um espaço de cultura e lazer para a comunidade. “Essa é a única área pública que nós temos disponível para a construção de um espaço cultural e de lazer para os próprios moradores. A outra questão que preocupa é o abastecimento de água. Ali no ‘grilo’ ao lado as ligações são todas clandestinas à base de mangueiras pretas. Se essa invasão for regularizada, além da gente perder a única área pública disponível para lazer e diversão, as ligações de água que eles vão fazer vai deixar a comunidade sem água”, alerta.

O líder do movimento disse que não havia conseguido manter contato com a nova administração, já que ontem foi ponto facultativo.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Invasão de área não é Plano habitacional. Se a atual administração não tiver pulso, Rondonópolis se transformará numa terra sem lei. Até entendo o entusiasmo dessas pessoas que se apossaram de terrenos públicos, pois as promessas de campanha do atual prefeito era ” UMA ADMINISTRAÇÃO QUE TUDO PODE”, onde o cidadão não terá mais de cumprir com suas obrigações como: pagar impostos e outros serviços públicos. Quanto aos demais eleitores que acreditaram no trabalho do Adilton, vamos nos unir e cobrar todas as promessas feitas em campanha, até porque o José Carlos do Pátio não terá que administrar somente para quem votou nele.

  2. Pelo visto, nem os correligionários de Pátio estão acreditando nele, haja vista, que claramente está caracterizado que estas invasoes vem do seu próprio “povo”. Afinal foi que sempre os ensinou a invadir terrenos alheios? E tem gente do prefeito que quer por tudo colocar a culpa no Sachetti e seu grupo. Ora, o Sr. Sachetti não tem nem cara, e nem postura de quem faz esse tipo de coisa. Ao contrário, fez um excelente trabalho na questão da política de entrega das casas populares e da legalização daquelas adquiridas, ainda na gestão do PMDB, há mais de 15 anos.

  3. Começou a desordem! Aliás o que esperar de um prefeito que passou sua carreira apoiando invasões? Se não bastasse nomear gente de fora da cidade para o primeiro escalão, cobrava do Prefeito anterior a nomeação da esposa ocupando o 1° escalão e agora nomeia a esposa como secretária? Olhem só! como as ruas estão já após duas chuvas: cheias de buracos, as praças rapidamente neste período têm aumentados os matagais e a sujeira já está tomando conta… se quiserem prova, passem no parque das águas, no Casario, nas praças da Coophalis, Vila Operária, Monte Líbano. Já estamos vendo invasões de ambulantes pelas praças, sem falar nas áreas alheias. Conclamo aos meus companheiros do esporte. Não permitam que esse povo invada nossos campos de futebol, porque, se essa moda pega, daqui a pouco estarão dentro do Luthero Lopes e dos nossos Mini Estádios.

  4. Infelizmente a população votou no Zé pensando que as coisas voltariam como no passado onde as invasões(roubos pois invadir o que é dos outros nada mais é que roubo) seriam liberadas…. mas os tempos são outros…. a justiça está aí e até o Zé com certeza hoje é uma pessoa mais responsável com o bem público e com o estado de direito…..

  5. Retrocesso! esta é a palavra que resume a fato da retomada das invasões … fato que no passado era tido como normal … e justo no primeiro dia de mandato do PMDB. E vejam que os invasores ainda vestem a camisa vermelha de delegado e fiscal de urna, para quem trabalharam nas eleições passadas. Mas não se impressionem, isso é só o começo, outras decepções virão logo-logo e vamos lembrar daquela antiga frase que dizia “…que saudades do Sarnei”.

  6. Outra coisa, podem notar, mas o líder dos sem-teto e alguns na foto vestem a camisa de delegado da coligação do Zé Carlos na eleição, pode ser uma impressão minha, mas parece que essa administração já começa muito mal.

  7. Engraçado, foi só mudar de prefeito que coisas estranhas começam a acontecer na cidade. Por que esse povo não se escreveu na ação social para pleitear moradias naquele programa do governo estadual para tentar ganhar casas?
    Por que não fizeram isso durante a administração do Sachetti e só agora com o Zé Carlos fazem isso? Será que alguma vez o Zé Carlos apoiou algum movimento como esse para eles estarem fazendo esse tipo de coisa?
    Por que esse pessoal não invade áreas como a da Vila Rica que fica ao lado da BR364 ao invés de áreas supervalorizadas como essas? Por que os invasores sempre querem as melhores áreas para invadir?
    Eu nunca ouvi falar de alguém de um grupo de sem-teto na cidade que tenha invadido uma área que não fosse super-valorizada.

  8. Tá uma coisa que acredito não ser resolvida dessa maneira. A prática de invadir terrenos já está superada, e no seu lugar, usa-se o diálogo. Para chamar a atenção do Prefeito Zé Carlos, bastava marcar uma audiência com ele. A precipitação, a ansiedade e a tomada à força nunca deram bons resultados, uma vez que tem de ser respeitado o direito de outros. A política de casas populares vinda dos governos federal e estadual já é uma realidade, então, porque não dialogar e esperar? Estamos em novos tempos, e tempos de diálogo. Por isso, não cabe mais a violência, a pressão ou coisas desse gênero. É preciso acreditar no que foi dito pelo prefeito na sua Campanha e aguardar porque ainda é cedo para práticas extremas como essa; eu só lamento!!

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