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MILHO: projeção 2013/14

A safra brasileira de milho deverá totalizar 75,183 milhões de toneladas na temporada 2013/14, com retração de 7,8% sobre o total produzido no ano passado, de 81,505 milhões de toneladas. A previsão faz parte do sexto levantamento para a safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A área total cultivada está estimada em 15,127 milhões de hectares, com recuo de 4,4% sobre o ano anterior. A Conab trabalha com produtividade média de 4.970 quilos por hectare, com perda de 3,5% sobre a temporada anterior.
A primeira safra brasileira tem projeção de 31,423 milhões de toneladas, com retração de 9,1% sobre as 34,576 milhões de toneladas produzidas no ano passado. A Conab estima área de 6,435 milhões de hectares, baixa de 5,1%. A produtividade deverá cair 4,2%, passando de 5.097 quilos por hectare para 4.883 quilos.
A segunda safra, ou safrinha, deverá totalizar 43,759 milhões de toneladas, com recuo de 6,8%. A área tem queda estimada de 3,9%, passando de 9,046 milhões para 8,692 milhões de hectares. Já a produtividade deve cair 3%, de 5.188 quilos para 5.034 quilos por hectare.
O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados na semana. Regionalmente, o mercado encontra melhor sustentação, com produtores retraindo a oferta em algumas regiões, mas com a pressão de entrada de safra pesando em outras praças. De modo geral, a semana foi de movimentação moderada.

BOI GORDO: demanda aquecida

Os preços do boi gordo continuaram subindo no mercado interno brasileiro nesta semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a atípica escassez de oferta em pleno período de safra pressiona o mercado. Mesmo no Mato Grosso, onde ainda havia bons volumes de ofertas até a semana passada, a situação se alterou agora diante de um volume de chuvas intenso ao ponto de praticamente inviabilizar o embarque dos animais para os frigoríficos.
Os frigoríficos lidam com uma severa dificuldade na composição das suas escalas de abate, situação comum tanto para os grandes quanto para os pequenos. Os preços de balcão têm sido reajustados como estratégia para amenizar o quadro de dificuldades, mas até agora sem o resultado esperado. Iglesias aponta que não há indicações de que a oferta pode aumentar no curto prazo. Assim, os preços do boi gordo no mercado físico tendem a permanecer em alta.
A média semanal dos preços em São Paulo foi de R$ 123,56 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 117,77 por arroba.  Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 112,66 por arroba. Em Mato Grosso, o preço esteve a R$ 108,33 por arroba.

SOJA: preços recuam

Os preços da soja recuaram nesta semana nas principais praças de negociação do país, acompanhando a desvalorização dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A comercialização seguiu lenta, devido à postura retraída dos produtores. Apenas negócios de pequenos volumes no disponível do Rio Grande do Sul e do Paraná foram registrados.
A saca de 60 quilos recuou de R$ 72,00 no dia 6 de março para R$ 70,00 na quinta, 13. Em Cascavel (PR), o preço caiu de R$ 68,00 para R$ 66,50 no mesmo período. Em Rondonópolis, a cotação baixou de R$ 60,00 para R$ 59,00. Em Dourados, a saca seguiu em R$ 62,50, enquanto em Rio Verde (GO) passou de R$ 64,00 para R$ 63,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento de maio acumularam desvalorização de 2,9% na semana, passando de US$ 14,38 para US$ 13,96 por bushel. O impacto negativo sobre os preços domésticos foi, em parte, compensado pela alta de 1,85% do dólar comercial, que fechou a R$ 2,364 na quinta.
O mercado financeiro apresentou um quadro de aversão ao risco nesta semana, devido aos indicativos de enfraquecimento no ritmo de crescimento da economia chinesa. A situação geopolítica na região da Crimeia também foi motivo de preocupação.
Chicago, no entanto, sentiu o impacto do sentimento de que a demanda chinesa por soja tende a recuar, com uma série de rumores sobre cancelamentos de compras nos Estados Unidos e na América do Sul colocando pressão sobre as cotações. Por conta disso, fundos e especuladores optaram por se desfazer de posições compradas e esboçar algum lucro. É bom lembrar que desde o início do ano, Chicago acumula alta de 10% nos preços da oleaginosa.

ALGODÃO: preços em queda

A liquidez do mercado nacional de algodão foi baixa ao final da segunda semana de março. “O lado da demanda continua retraído, entrando no mercado apenas para realizar negócios pontuais”, aposta o analista de Safras & Mercado, Guilherme Tresoldi. “As indústrias estão abastecidas com a pluma adquirida no fim do mês de janeiro e inicio de fevereiro deste ano”, acrescenta. “O lado ofertador está mais flexível na negociação do produto, com medo de que os preços apontem quedas ainda mais expressivas”, frisa.
No CIF de São Paulo, a pluma está cotada em R$ 2,22 por libra-peso, acumulando queda de 2,2% em relação ao mês passado. Se comparado ao mesmo momento do ano anterior, a alta apontada é de 11%. “Os preços da pluma nacional não devem apontar quedas muito fortes, mesmo com a demanda estando retraída”, aposta o analista. Para ele, as indicações de preço internacionais e o dólar apreciado oferecem um suporte para as cotações internas.
O presidente da Associação Brasileira dos produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, reuniu-se na terça-feira, 11 de março, com o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Na pauta da reunião o pedido de rapidez da Abrapa na instalação do painel de implementação contra a nova Farm Bill americana na Organização Mundial do Comércio (OMC).
“A resposta do Itamaraty é que até o final de abril o painel estará aberto”, diz Pinesso. Segundo ele, os produtores brasileiros estão confiantes em mais uma vitória na OMC. “Está bem claro que a nova Farm Bill continua a ser danosa para o mercado mundial de algodão. Nosso escritório de advocacia e economia contratado para o caso tem todos os dados muito bem analisados para comprovar isso”, afirma o presidente da Abrapa.

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