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, 18 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: recuo no preço

Os preços médios da soja recuaram ao longo de novembro no mercado brasileiro de soja, que foi marcado também por lentidão na comercialização. O desempenho negativo interno foi determinado pelas perdas também na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O resultado só não foi pior devido à valorização do dólar frente ao real.
Levantamento de Safras & Mercado indica que o preço médio da saca de 60 quilos ficou em R$ 46,20 em Passo Fundo (RS) em novembro. No mês anterior, a média havia sido de R$ 47,03. Em Cascavel (PR), o indicador caiu de R$ 44,96 para R$ 44,42. Em Rondonópolis, o preço baixou de R$ 43,60 para R$ 41,68.
O recuo nas médias internas acompanhou a baixa dos preços futuros no mercado internacional. Em Chicago, os contratos com vencimento em janeiro tiveram média de US$ 11,63 o bushel em novembro, contra US$ 12,12 de outubro. Durante o mês, a mínima chegou a US$ 11,06, o menor nível desde o início de outubro do ano passado.
A performance ruim de Chicago foi determinada por uma série de fatores. Em termos fundamentais, as cotações foram pressionadas pelo bom desenvolvimento das lavouras sul-americanas, indicando safra cheia para Brasil e Argentina e maior competitividade com o produto americano, e o desaquecimento das exportações dos Estados Unidos.
Mas o fator principal de pressão foi mesmo a preocupação com a economia mundial em decorrência da crise de débito na Europa. Novembro foi caracterizado pela postura cautelosa dos investidores. A aversão ao risco predominou e a opção foi se desfazer de posições no petróleo, em ações e nas commodities agrícolas.
Os investidores optaram por segurança. Exatamente por isso o impacto negativo de Chicago sobre o mercado doméstico foi amenizado pelo desempenho do câmbio. O dólar subiu frente a outras moedas. Na comparação com o real, não foi diferente. A cotação iniciou o mês a R$ 1,704 e fechou novembro a R$ 1,813.

SUÍNO: recuperação

O mercado brasileiro de carne suína encerrou o mês de novembro com um quadro de recuperação, por conta do consumo mais efetivo no período. Segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado, Felipe Netto, os preços do quilo vivo encerraram novembro com valorização de 4,9% ante outubro no Centro-Sul, passando de R$ 2,43 para o patamar médio de R$ 2,55.
Na comparação anual, entretanto, verifica-se que a rentabilidade dos produtores segue comprometida, visto que o preço do quilo vivo no encerramento do mês passado ficou 14% abaixo do praticado no mesmo período de 2010, de R$ 2,90. “O fator de alento é que os preços do milho não evoluíram. Pelo contrário, até baixaram em algumas regiões, o que ajudou a diminuir a pressão sobre o mercado suíno”, comenta.
No que tange ao mercado exportador, ainda que a valorização do dólar frente ao real tenha ocorrido nos últimos dias, o desempenho da exportação foi ruim em novembro. No mês passado foram embarcadas 35,7 mil toneladas de carne suína, segundo levantamento divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior, volume 7% inferior ao registrado em outubro passado, de 38,4 mil toneladas e 1% menor que as 36,1 mil toneladas embarcadas em novembro de 2010.
A receita obtida ficou em US$ 115,4 milhões em novembro, ficando 3,9% aquém dos US$ 120,2 milhões obtido em outubro, mas 10,4% acima dos US$ 104,5 milhões registrados em novembro de 2010.
Conforme Netto, a tendência é de que os preços da carne suína no mercado interno possam ainda evoluir durante a primeira quinzena de dezembro, que marca o período de maior consumo voltado às festas de final de ano. “Para a segunda metade do mês a tendência é de uma desaceleração na demanda, que pode vir a influenciar os preços da carne suína novamente”, sinaliza.
A análise mensal de preços realizada por Safras & Mercado indicou que em São Paulo a arroba suína foi cotada a R$ 60,00, ante R$ 54,00 no final de outubro. No Mato Grosso do Sul a cotação do quilo vivo subiu de R$ 2,35 para R$ 2,50. Em Goiás, o preço subiu de R$ 3,05 o quilo vivo para R$ 3,10. Em Mato Grosso o preço continuou em R$ 2,45.

ALGODÃO: negócios reduzidos

O mercado brasileiro de algodão encerrou o mês de novembro com reduzido volume de negócios. No CIF de São Paulo, a indicação nominal para a fibra 41-4 está por volta de R$ 1,70 por libra-peso. Comparado ao mesmo período do mês passado, acumula alta de 2,4%. Em relação ao mesmo momento de 2010, apresenta retração de 37,3%.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, a morosidade no ritmo dos negócios deve-se ao desinteresse por parte dos agentes de ambas as pontas do mercado, o que acaba abrindo o spread entre as pedidas e as ofertas. “As indústrias adquirem ‘da mão para a boca’ e muitas já planejam as férias coletivas para o final do ano”, explica. “No lado da oferta, alguns produtores ainda não terminaram o beneficiamento e cumprem entregas de contratos antecipados”, completa.
Afora isto, as atenções estão voltadas para o plantio da próxima safra. O último levantamento realizado por Safras & Mercado aponta uma safra nacional (2011/12) de 2,03 milhões de toneladas em pluma, superando a anterior (1,89 milhão de toneladas) em 7,4%.
Na Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) houve uma redução no ritmo dos registros por parte dos produtores. No acumulado da penúltima semana de novembro foram registradas 11,873 mil toneladas, com destaque para as 5,947 mil toneladas do Mato Grosso e 3,928 mil toneladas da Bahia. Nos últimos 30 dias até 25 de novembro, o volume registrado foi de 72,659 mil toneladas, sendo 31,732 mil toneladas do Mato Grosso, 28,732 mil toneladas da Bahia, e 3,319 mil toneladas de Goiás.
No acumulado, a safra 2010/11 tem 1,029 milhão de toneladas registradas, o que corresponde a 54% da produção estimada. Os produtores do Mato Grosso foram os que mais registraram negócios, com 380,45 mil toneladas; os da Bahia registraram 355,38 mil toneladas; os de Goiás, 90,67 mil toneladas; e Mato Grosso do Sul, 27,53 mil toneladas.

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