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, 29 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: inicia mês em alta
O mercado brasileiro de soja apresentou preços firmes, mas poucos negócios durante a primeira semana de fevereiro. A sustentação das cotações foi assegurada pela alta nos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), que, baseada no cenário fundamental, atingiu os melhores níveis em mais de 30 meses durante a semana. A leve desvalorização do dólar e a postura retraída dos produtores inviabilizaram uma melhora no ritmo da comercialização.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 50,00 para R$ 50,50 entre os dias 27 de janeiro e 3 de fevereiro. No mesmo período, a cotação passou de R$ 49,00 para R$ 49,50 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, o preço também teve alta, pulando de R$ 43,20 para R$ 44,20. O comportamento interno seguiu a sinalização de Chicago. Os contratos com vencimento em março subiram 2,57%, saindo de US$ 13,99 para US$ 14,35.
O aperto na oferta mundial e a sólida demanda pela oleaginosa continuam favorecendo a escalada das cotações em Chicago. A China segue marcando presença na ponta mundial e a perspectiva de corte nos estoques mundiais vem garantindo os ganhos, que só não foram maiores devido à melhora das condições climáticas na Argentina, estagnado as perdas de produtividade.
No Brasil, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras e institutos e consultorias já começam a refazer seus cálculos sobre o tamanho da safra brasileira, que poderá ser novamente a maior da história. A empresa de consultoria norteamericana Informa está projetando a safra brasileira de soja em 69,3 milhões de toneladas, repetindo a sua estimativa anterior. O número, no entanto, supera a atual projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 67,5 milhões de toneladas. O próximo relatório do USDA será divulgado no dia 9 de fevereiro.
ALGODÃO: oferta impulsiona cotação
O mercado interno de algodão operou com preços em alta nesta semana. As cotações seguem com fundamentos altistas, diante da superioridade da demanda em relação à oferta. Operadores sinalizam que algumas indústrias já estão reduzindo a quantidade de algodão em suas confecções, a fim de aumentar a participação da fibra sintética.
Mas, como a procura por estas fibras também está aumentando, consequentemente os preços das mesmas também estão mais altos. As indústrias são os agentes mais ativos no mercado, devido ao ritmo intenso de produção, típico nesta época do ano. Apesar de algumas indústrias não suportarem patamares tão elevados, os preços da pluma continuam em alta. A avaliação é de Safras & Mercado.
A baixa oferta mundial de algodão tem impulsionado os referenciais internos e externos. Mesmo com baixa liquidez, a queda constante da disponibilidade da pluma tem dado suporte para os vendedores elevarem as pedidas. A maioria das indústrias está na postura retraída, reduzindo, na medida do possível, a participação do algodão no produto final. Segundo o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, os produtos feitos à base de algodão deverão ser reajustados até o final do primeiro semestre deste ano. A variação pode chegar até a 40%. Indicações nos patamares de R$ 3,63 até R$ 3,68/librapeso para a fibra padrão 41.4.
Mesmo com o clima mais seco da última semana, os solos das principais regiões produtoras de algodão do país ainda apresentam boas reservas hídricas, o que vêm mantendo as condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento das lavouras. Até porque 100% das lavouras de algodão de 1ª safra estão na fase de desenvolvimento vegetativo e essa fase é bem dependente de água. As informações partem do boletim da Somar Meteorologia.
Já o algodão 2ª safra, esse foi beneficiado com o tempo mais seco no Mato Grosso, uma vez que ainda estão realizando o plantio. Desse modo, o tempo aberto favoreceu a colheita da soja e consequentemente o plantio do algodão, que até a última sextafeira (28/01) estava com 85% das áreas semeadas. E como o solo apresenta boa umidade, a germinação está ocorrendo normalmente.
Contudo, as condições permaneceram favoráveis ao plantio da 2ª safra até a quinta-feira (03/02), quando voltou a chover de forma mais generalizada sobre o estado do Mato Grosso, inviabilizando tais trabalhos. E a tendência é que essas chuvas durem pelo menos até meados da próxima semana. Mas por outro lado, essa condição de tempo mais chuvoso irá favorecer o desenvolvimento do algodão 1ª safra. Mas o produtor deverá tomar cuidado, pois com o tempo mais úmido e também quente a probabilidade de uma maior incidência de doenças aumenta.
BOI: preços começam a ceder
O mercado físico brasileiro de boi teve uma semana progressiva no que diz respeito a volume de ofertas. As escalas de abate tiveram bom avanço, sobretudo no Norte e no Centro Oeste do Brasil. Com isso, os preços começaram a ceder. Em decorrência disso, apresentou um melhor volume dos negócios nos últimos dias.
Entretanto, o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, afirmou que a demanda ainda está fraca, apesar da melhora das negociações. “O perfil de demanda presente no decorrer da virada de mês foi frustrante, portanto a normalização do consumo deve ocorrer em meados de fevereiro, ou mais tardar durante a próxima virada de mês”, afirmou ele.
Nesta quinta, em São Paulo, a arroba foi negociada a R$ 101/102 à vista de preço médio, livre de Funrural. Em Mato Grosso do Sul, mercado inalterado em R$ 93/94,00 arroba, livre, a prazo. Em Minas Gerais, indicação a R$ 93/94,00 arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso, mercado manteve patamares de R$ 92/93,00 arroba, livre, à vista.
O mercado atacadista apresentou queda de preços em relação à quarta-feira, o que é natural em virtude da melhor oferta. No atacado paulista da carne bovina, os cortes de traseiro/dianteiro foram cotados a R$ 7,75 x 4,80 contra R$ 7,80 x 5,00 em relação à quarta.

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