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, 18 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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BOI: alta mantida

O mercado brasileiro de boi gordo segue em alta. A baixa de animais para abate tem sido determinante para os preços e vai ampliando preocupações, à medida em que o consumo tende a se tornar mais aquecido com a proximidade das festas de final de ano e o clima não dá sinais de melhora em regiões importantes da produção de gado.
“A estiagem que atinge o Centro-Oeste torna o quadro de escassez de oferta ainda mais grave. Com as pastagens comprometidas, o gado de corte tem dificuldades para se desenvolver, tardando a alcançar o ponto ideal de abate, o que compromete ainda mais os níveis de oferta. A previsão de chuvas na região fica apenas para o final de setembro”, comenta Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado.
Destaca que a escassez de gado de reposição também dificulta a situação, uma vez que a oferta de animais acaba ficando comprometida para os próximos meses.
Conforme Iglesias, o mercado físico apresentou melhora de oferta, mas ainda está distante do ideal. Os frigoríficos relatam que houve melhora na composição das escalas de abate, mas ainda não se sabe se a situação é apenas momentânea ou se o mercado já configura um novo perfil de oferta.
“O fato é que as dificuldades ainda existem, levando a crer que não se trata de um novo perfil de oferta e sim de uma ligeira melhora apresentada pontualmente, após as consecutivas altas das últimas semanas”, diz Iglesias.
Nessa quinta-feira (09), a arroba do boi gordo foi negociada a R$ 91/95,00 em São Paulo, livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, contra patamares de R$ 89/94,00 da semana anterior. Em Mato Grosso do Sul, mercado fez negócios a R$ 85/86,00 arroba, livre, para pagamento em 30 dias, contra R$ 84/85,00 da última quinta-feira (02/09).
Levantamento de Safras & Mercado em onze praças do país mostra que a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 84,48 de preço médio nessa quinta-feira (09), livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, contra R$ 83,47 da semana anterior.

SOJA: feriados prejudicam

A semana mais curta, devido aos feriados de segunda nos Estados Unidos (Dia do Trabalho) e de terça no Brasil (Dia da Independência), travou o mercado brasileiro de soja. As cotações oscilaram bastante durante o período, prejudicadas pelo comportamento divergente dos principais indicadores. Enquanto Chicago acumulou ganhos, o dólar se desvalorizou frente ao real.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos da soja passou de R$ 43,00 para R$ 42,50 entre os dias 2 e 9 de setembro. No mesmo período, a cotação subiu de R$ 39,50 para R$ 40,50 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, o preço passou de R$ 38,60 para R$ 39,90.
O relatório de setembro de oferta e demanda norte-americana, divulgado na sexta, 10, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), trouxe algumas alterações significativas. Para a temporada 2010/11, a estimativa de produção foi elevada contrariando as projeções do mercado. O USDA reduziu os estoques finais, mas abaixo da estimativa do mercado. Para 2009/10, o Departamento reduziu os estoques, confirmando a expectativa.
Para a safra 2010/11, o USDA estima produção de 3,483 bilhões de bushels, em uma área plantada de 78,9 milhões de acres e área colhida de 78 milhões de acres, com produtividade média de 44,7 bushels por acre. Em agosto, os números eram de 3,433 bilhões, 78,9 milhões, 78 milhões e 44 bushels por acre, respectivamente.

ALGODÃO: alta interrompida

O mercado brasileiro de algodão voltou a ter uma semana de preços firmes. Porém, já é notada uma estabilidade nas cotações, devido à desaceleração da demanda interna. A afirmação é do analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai. Referenciais para o algodão padrão 41-4, CIF São Paulo, oscilou de R$ 2,26 a R$ 2,28 por libra-peso, para pagamento em oito dias, ante R$ 2,20 e R$ 2,23 por libra-peso no final de agosto.
Segundo Biegai, a maioria das indústrias está abastecida para o curto prazo e os poucos ofertantes não encontraram compradores dispostos a adquirir a pluma a preços mais altos. “A menor disponibilidade da fibra e os estoques curtos dos compradores têm contribuído para as elevadas cotações praticadas no âmbito doméstico”, lembra. “Mas como muitas indústrias estão sem pressão de compras, preferindo a importação, a tendência é de que os preços permaneçam estáveis nos próximos dias”, aposta.
O Comitê Internacional do Algodão (Icac) divulgou seu relatório de setembro, que projeta uma produção mundial da fibra em 115 milhões de fardos (25,1 milhões de toneladas) na temporada 2010/2011, ante 100 milhões na safra 2009/10 (21,8 milhões de toneladas), conforme a estimativa de setembro divulgada pela entidade.
O consumo mundial de algodão deve totalizar 115 milhões de fardos (25,1 milhões de toneladas) na safra 2010/2011. O volume é superior à estimativa para 2009/2010, de 113 milhões de fardos (24,6 milhões de toneladas). As exportações para 2010/2011 foram projetadas em 39 milhões de fardos (8,5 milhões de toneladas), ante 35 milhões de fardos da temporada 2009/2010 (7,7 milhões de toneladas).
Já os estoques finais para 2010/2011 foram previstos em 42 milhões de fardos (9,1 milhões de toneladas), mesmo patamar da safra 2009/2010. O Icac divulgou ainda a sua projeção de setembro para a média do Índice A do Cotton Outlook na temporada 2010/2011.
Conforme o Icac, a média do Índice deve ficar em 89,00 centavos de dólar por libra-peso, ante 77,54 centavos de dólar por libra-peso em 2009/2010. Na temporada 2008/09, a média ficou em 61,20 centavos de dólar por libra-peso. Em agosto, o índice havia sido projetado em 85,00 centavos de dólar por libra-peso para 2010/11.
Para o analista de Safras & Mercado, o relatório mostra um cenário moderadamente otimista em termos de consolidação do quadro de oferta & demanda, tendo uma considerável recuperação do consumo.

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