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, 21 maio 2024
 
 

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ALGODÃO: mercado perde força

O mercado brasileiro de algodão inicia o mês de fevereiro perdendo um pouco da força apresentada durante janeiro. Após começar a semana com a libra-peso valendo entre R$ 1,43 e R$ 1,44, cif São Paulo, a cotação deu uma arrefecida e recuou para R$ 1,42. Mesmo assim, é muito superior a média de fevereiro de 2009, quando eram pagos R$ 1,16 pela libra-peso. Em janeiro, a média foi de R$ 1,42.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai, as tradings são as que estão usufruindo deste patamar elevado, pois a maioria dos produtores já não tem mais algodão disponível. “Fica o alento ao cotonicultor de uma projeção de preços melhores para 2010”, ressalta, acrescentando que grande parte do produto foi entregue entre R$ 1,15 e R$ 1,20 em 2009.
O arrefecimento nestes primeiros dias do mês reflete a queda significativa em Nova York, em torno de 1.000 pontos. “A retração no mercado interno só não foi semelhante pela alta do dólar, que pulou de R$ 1,72 para quase R$ 1,90”, explica. Para Biegai, se não fosse este fator, a cotação doméstica iria recuar entre 10 e 12 centavos.
As exportações de algodão do Brasil renderam US$ 47,2 milhões em janeiro, com média diária de embarques de US$ 2,359 milhão. A média é 43,5% inferior na comparação com os US$ 4,175 milhões obtidos diariamente em dezembro. Em janeiro de 2009, os embarques de algodão haviam rendido US$ 2,9 milhões diariamente.
A quantidade de algodão exportada em janeiro foi de 33,5 mil toneladas, com média diária de 1,7 mil toneladas, 43,2% a menos que as 2,9 mil toneladas embarcadas diariamente em novembro. O preço médio obtido pela tonelada de algodão em janeiro foi de US$ 1.408,1, valor 0,6% menor do que os US$ 1.415,9 por tonelada registrados no mês anterior.

BOI: mercado estável

O mercado de boi teve uma semana de grande estabilidade, com um perfil de demanda ainda indefinido, o que acaba afetando todo o mercado. Conforme o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de carne e os preços ficaram inalterados. A oferta de carne encontra-se fraca.
O Brasil arrecadou um total de US$ 241,1 milhões com as exportações de carne bovina “in natura” de janeiro. A média diária de embarques atingiu US$ 12,1 milhões, retração de 6,5% se comparado à média diária de dezembro, de US$ 12,9 milhões. Em dezembro, os embarques de carne bovina somaram US$ 283,6 milhões.
O volume total de carne bovina embarcado ficou em 67 mil toneladas, com média diária de 3,4 mil toneladas, 5,5% inferior à média diária de dezembro. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O preço médio pago pela carne bovina apresentou desvalorização. Em janeiro, a carne bovina “in natura” foi negociada a US$ 3.596,9/tonelada, valor 1% inferior ao de dezembro, de US$ 3.634,2/tonelada.
No comparativo com janeiro de 2009, quando a receita média diária com exportações atingiu US$ 8,0 milhões, o desempenho de janeiro último foi 50,3% superior.
Na primeira quinzena de março, nova missão da União Europeia (UE) chega ao Brasil para dar prosseguimento aos entendimentos entre o País e o continente europeu sobre questões sanitárias. No fim de janeiro, o secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, esteve em Bruxelas, na direção geral da Saúde e da Proteção do Consumidor (DG-Sanco), onde recebeu elogios sobre o trabalho realizado nessa área.
A expectativa é que as relações comerciais entre Brasil e UE no setor de carne bovina voltem à situação oficial de 2006, disse Paola Testori Coggi, a diretora-geral adjunta de Saúde e do Consumidor da Comissão Europeia. As informações partem do Jornal DCI com o site Canal do Produtor.
Nesta quinta-feira, em São Paulo, mercado seguiu em R$ 71,00 livre, à vista. Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi cotada a R$ 69,00 livre, à vista. Em Minas Gerais, mantido preço de R$ 68,00 arroba. Em Mato Grosso, preço em R$ 65,00 arroba. Em Goiás, preços de R$ 67/69,00 arroba.
No atacado da carne, os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 6,30 x 3,50.

SOJA: colheita evolui

Após um período chuvoso, o sol voltou a predominar nos últimos quatro dias no município de Sorriso, no norte de Mato Grosso, permitindo o avanço da colheita de soja. Segundo o engenheiro agrônomo Sérgio Rubin, da Planejamento Agrícola e Topografia Boa Safra, o percentual colhido pulou para 30%, ante 8% na semana passada. “Os trabalhos agora estão em dia”, relata.
“Alguns produtores, entretanto, não tiveram tanta sorte e colheram na época da chuva”, ressalta. Até o momento, os rendimentos obtidos giram de 52 a 53 sacas de 60 quilos por hectare. “Há produtores colhendo mais, em torno de 55 sacas por hectare, mas a maioria está reclamando da produtividade mais baixa”, completa.
Após a incidência de tempo úmido na semana passada, o sol passou a predominar desde terça-feira em Rondonópolis, no sul do Mato Grosso. Com isso, segundo informações da Girassol Agrícola, de atuação local, a colheita da soja evoluiu para 20%, ante 14% na semana passada. “A oleaginosa de ciclo precoce foi quase toda colhida em janeiro”, relata fonte da empresa, acrescentando que agora são as lavouras de ciclo médio que estão prontas. Sem registro de perdas de produtividade por enquanto, o problema enfrentado pelo sojicultor é a necessidade de aplicar seis vezes fungicidas em muitos casos, ao invés de quatro, elevando o custo de produção.
Já em Campo Novo do Parecis, no oeste do Mato Grosso, a colheita da soja vem evoluindo normalmente, de acordo com o gerente executivo do Sindicato Rural do município, Antônio de la Bandeira. “Não podemos precisar o percentual colhido, pois ficaremos toda a semana fora da sede”, pondera. “Mas na próxima semana teremos números atualizados”, adianta. Na semana passada, 12% da área já havia sido colhida.
O estado do Mato Grosso é o maior produtor de soja do país. Segundo o quarto levantamento da safra de grãos 2009/10 da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Mato Grosso está colhendo 18,651 milhões de toneladas de soja em grão em 2010, elevação de 3,8% na comparação com as 17,962 milhões de toneladas colhidas em 2009. A área cultivada aumentou para 6,139 milhões de hectares em 2009/10.

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